Neelakantha Bhanu Prakash ficou em primeiro lugar no campeonato mundial de cálculo mental, realizado em Londres no dia 15 de agosto.
Bhanu, um jovem indiano com 20 anos, é o primeiro asiático a ser eleito a “calculadora humana” mais rápida do mundo e o primeiro não europeu a ganhar o título em 23 anos de história do evento.
Em declarações à CNN, Bhanu disse que não se considera nenhum “prodígio”, até porque acha a palavra “um pouco preocupante, na medida em que ela não transparece os esforços e a experiência”. “É apenas um estado obtido do nada.”
Neelakantha Bhanu Prakash não venceu o campeonato por sorte e encara a vitória como um teste de perseverança.
Em 2005, com apenas 5 anos, o indiano foi atropelado por um camião enquanto andava de scooter com um primo. O jovem sofreu um grande traumatismo craniano: o crânio foi fraturado e foram necessárias várias cirurgias e 85 pontos para o estabilizar.
Bhanu foi colocado em coma induzido durante uma semana e a equipa médica admitia a possibilidade de o desempenho cognitivo da criança ser gravemente afetado.
O acidente mudou a forma como Bhanu definiu a conceção de “diversão“: a criança aprendeu a jogar xadrez e a resolver puzzles para manter a sua mente ocupada e ativa, acabando por ganhar um gosto especial pela matemática.
O amor pelos números começou a dar frutos e, em 2007, aos 10 anos, Bhanu ganhou o terceiro lugar num concurso de aritmética. O jovem amealhou quatro recordes mundiais, representando a Índia a nível internacional, e quebrou 50 recordes de Limca (uma espécie de livro Guinness indiano).
A mais recente conquista de Bhanu – o primeiro lugar no campeonato mundial de cálculo mental – chamou a atenção do Presidente indiano, Ram Nath Kovind, e do vice-Presidente, M. Venkaiah Naidu, que o parabenizaram pela vitória.
O indiano foi eleito? Houve eleições para o efeito? Não terá o indiano em causa ter demonstrado as suas capacidades e, com isso, ter ganhado, sido escolhido por atingir a pontuação mais elevada, no desafio em causa?