A Índia testou com sucesso um míssil balístico intercontinental de longo alcance (ICBM), anunciou o Ministério da Defesa indiano.
O míssil Agni-V, com capacidade nuclear, é considerado o ICBM mais avançado da Índia.
Foi lançado hoje de manhã a partir da ilha de Abdul Kalam, ao largo do estado de Odisha (leste da Índia), segundo o Governo indiano, que o classificou como um “grande impulso” para as capacidades de defesa do país.
A Índia tem cerca de 120 a 130 ogivas nucleares no seu arsenal, segundo a Federação de Cientistas Americanos, em comparação com os vários milhares que os Estados Unidos da América possuem.
O Agni-V foi testado cinco vezes desde 2012, o mais recente dos quais em dezembro de 2016, um lançamento que causou indignação dos dois principais adversários estratégicos da Índia: Paquistão e China.
As relações entre Pequim e Nova Deli têm sido tensas devido a um conflito sobre a região de Doklam, nos Himalaias.
Analistas citados pela CNN consideram que o míssil poderia ser usado para atacar a China, cujo território se encontra dentro do seu alcance máximo, e argumentam que este ensaio pode ser considerado como “um sinal” a Pequim.
Este teste coincidiu, na Índia, com a visita de Estado do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, e a realização de uma das conferências geopolíticas mais importantes da Índia.
A Índia, além do Paquistão e da Coreia do Norte, está entre os 13 países que não assinaram o Tratado de Interdição Completa de Ensaios Nucleares.
Os EUA, Rússia, China e a Coreia do Norte realizaram ensaios de mísseis balísticos no ano passado, apesar de Pyongyang estar impedido de o fazer devido às sanções das Nações Unidas.
// Lusa