Incêndio em Valência: Quatro mortos, dois bebés desaparecidos e ucranianos voltam a perder tudo

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Manuel Bruque / EPA

Incêndio em prédio residencial em Valência (Espanha)

Incêndio em prédio residencial em Valência, esta quinta-feira, fez quatro mortos. 15 pessoas estão ainda desaparecidas, entre os quais dois bebés. O fogo terá começado num apartamento onde não estava ninguém.

Ao final da tarde desta quinta-feira um incêndio deflagrou num edifício de apartamentos em Valência.

De acordo com as autoridades espanholas, quatro pessoas morreram, 15 ficaram feridas e outras 15 poderão ainda estar desaparecidas.

O El Confidencial avança que dois bebés com menos de dois anos estão entre os desaparecidos.

No Posto de Comando Avançado situado junto ao edifício sinistrado, a presidente da Câmara de Valência, María José Catalá, e a delegada do Governo na Comunidade Valenciana, Pilar Bernabé, indicaram que no edifício viviam cidadãos estrangeiros, incluindo famílias ucranianas que voltaram a perder tudo.

Ao El Mundo, um casal de refugiados lamenta: “Chegámos a Valência para escapar das bombas na Ucrânia e agora um incêndio deixou-nos sem nada”, referindo que viviam naquele prédio, pelo menos, mais 15 compatriotas.

Quantos aos feridos, foram tratados 15, seis dos quais permanecem hospitalizados (cinco bombeiros) mas “não correm perigo de vida”, informou o presidente da Generalitat Valenciana (governo regional), Carlos Mazón.

As vítimas mortais ainda não foram identificadas e foram instalados dois pontos de assistência: um para atender os familiares das pessoas desaparecidas e outro para ajudar as pessoas que perderam as casas no incêndio.

Segundo as autoridades, 36 residentes do edifício afetado passaram a noite num hotel. Os serviços de emergência espanhóis ainda não sabem quando vão poder aceder ao interior do prédio e tudo indica que o início da operação pode ainda demorar várias horas.

O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, deverá deslocar-se a Valência ainda hoje para se se informar de “pormenores do incêndio” disseram à EFE fontes do Executivo.

Carlos Mazón decretou três dias de luto em toda a Comunidade Valenciana.

Fogo começou em apartamento vazio

Segundo as autoridades, citadas pela agência de notícias espanhola EFE, os primeiros bombeiros a chegar ao edifício “aguentaram o mais que puderam” para alertar os moradores que se encontravam no prédio.

De acordo com a ABC, não estava ninguém no apartamento onde terá deflagrado o incêndio, que se propagou a uma velocidade “brutal”.

Os bombeiros conseguiram chegar ao 12.º andar do edifício de 14 andares, que foi completamente queimado pelo fogo.

O edifício ardeu durante várias horas a altas temperaturas, o que provocou um fumo negro, denso e espesso e a queda, para a rua, de detritos queimados.

Num dos passeios junto do edifício, que tem 138 habitações, escritórios e lojas, algumas árvores foram atingidas pelo fogo e por detritos.

Entretanto, os serviços de emergência da Generalitat Valenciana desmontaram o hospital de campanha que estava instalado no local desde quinta-feira à noite.

Segundo o Centro de Informação e Coordenação de Emergências, está a ser mantido na zona um dispositivo preventivo composto por uma unidade de suporte básico de vida e uma ambulância convencional.

Desde o início da ocorrência, 15 pessoas foram atendidas (sete bombeiros). Destas, 12 foram levadas para hospitais de Valência (La Fe, General, Doctor Peset e 9 d’Octubre) e as outras três tiveram alta no local.

ZAP // Lusa

2 Comments

  1. Agora é responsabilizar o empreiteiro que aplicou o material altamente inflamável no edifício… Com tantas regras de segurança que existem hoje em dia, não há ninguém a controlar as obras como devem de ser…

  2. E quantos mais não haverá infelizmente na mesma situação.? Devia-se fazer uma investigação a fundo e multar e prender os responsáveis por estes atos criminosos! Sim, porque construir um prédio assim é um crime!

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