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O maior incêndio da Califórnia foi provocado por um homem que tentava matar vespas

Peter da Silva / EPA

O maior incêndio da Califórnia, que destruiu 116 mil hectares de floresta, foi provocado por um homem alérgico a vespas.

As conclusões da investigação pelo Departamento de Floresta e Proteção ao incêndio que destruiu parte da floresta da Califórnia no verão do ano passado foram reveladas recentemente pelo jornal El Mundo e concluem que terá sido provocado por um homem alérgico a vespas.

Um agricultor de Potter Valley, a 3 horas de São Francisco, descobriu nas suas terras um ninho de vespas. Como era alérgico ao veneno dos insetos, decidiu tapar o ninho com um martelo e um ferro. O homem martelou até causar faíscas e foi aqui que começou o incêndio, que o tempo quente e seco depressa transformou no maior incêndio do estado da Califórnia.

Glenn Kile tentou apagar as chamas com um tapete, mas este acabou por se incendiar. Tentou usar água através de uma mangueira, mas a mangueira derreteu. Segundo a TSF, restou-lhe correr pela colina abaixo para chamar os bombeiros.

No entanto, apesar do esforço dos milhares de bombeiros envolvidos na operação, o fogo lavrou durante um mês e engoliu 166 mil hectares de floresta, 150 casas e seis mortos. Ainda assim, apear de ter sido o maior incêndio, não foi o que vitimou mais pessoas: o mais mortífero incêndio daquele estado foi em Paradise, em novembro do ano passado.

O The New York Times falou com Kile, que diz estar a pensar seriamente em mudar-se para a costa , pelo menos quando o tempo está mais quente e seco, uma vez que, de cada vez que liga o rádio, “há sempre outro incêndio”.

Apesar de a equipa de investigação considerar que Kile é o responsável pelo acidente, não o acusam de negligência. No entanto, consideram que este incêndio é uma prova da extrema fragilidade e volatilidade do oeste norte-americano, particularmente a Califórnia, onde um ato aparentemente inofensivo pode desencadear um fogo incontornável.

“Realmente, mostrou-nos como voláteis são as condições”, disse ao jornal norte-americano Ken Pimlott, um bombeiro profissional que supervisionou o combate às chamas enquanto coordenador do Departamento de Floresta e Proteção contra Incêndios.

A história de Kile mostra-nos como, sem sabermos, podem estar reunidos os ingredientes para um grande incêndio.

ZAP //

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