A Impresa, dona da SIC, Expresso e Visão, admitiu esta quarta-feira vender títulos, no âmbito de um “reposicionamento estratégico” da sua atividade, que passa por um “enfoque primordialmente nas componentes do audiovisual e do digital”.
Após reuniões de elementos das direções com trabalhadores de vários títulos, o presidente executivo do grupo de comunicação social, Francisco Pedro Balsemão enviou uma mensagem indicando que, tendo em conta o Plano Estratégico para o triénio 2017-2019, a “IMPRESA procederá a um reposicionamento estratégico da sua atividade“.
Segundo o dirigente, as alterações vão implicar uma “redução da sua exposição ao setor das revistas, passando a focar-se primordialmente nas componentes do audiovisual e do digital”.
“Nesse sentido, a Impresa iniciou um processo formal de avaliação do seu portefólio e respetivos títulos, que poderá implicar a alienação de ativos. A prioridade passa por continuar a melhorar a situação financeira do grupo, assegurando a sustentabilidade económica, e logo a sua independência editorial”, concluiu na mesma nota.
Segundo o jornal Público, a Impresa deverá manter o jornal Expresso, a par da SIC, as duas marcas mais fortes do grupo, mas algumas das revistas, nomeadamente a Visão, podem vir a encerrar, ser vendidas, ou envolvidas numa operação de MBO.
A solução terá sido apresentada esta quarta-feira em plenário aos diretores das revistas em causa, não tendo sido detalhados, porém, que títulos podem ser afetados. A administração do grupo enviou entretanto uma nota à CMVM, na qual informa o regulador de que vai proceder a um “reposicionamento estratégico da sua actividade”.
Para além da Visão, o grupo detém a Caras, Activa, Exame, Exame Informática, Telenovelas e TV Mais, às quais se juntam ainda a Blitz, o Courier Internacional e o Jornal de Letras.
ZAP // Lusa