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Pode vir aí um imposto sobre arrotos de animais

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O plano estranho, se for concretizado, será o primeiro em todo o planeta a cobrar os agricultores pelas emissões de metano dos seus animais.

Quem arrotar, vai pagar imposto.

Já houve licença obrigatória para utilizar um isqueiro, em Portugal.

Já houve uma “taxa de urina” no Império Romano.

Já houve um imposto sobre a barba, na Rússia.

Agora pode vir um imposto sobre o arroto de alguns animais, na Nova Zelândia.

Ainda não está concretizado, mas o plano já foi divulgado. A ideia é taxar arrotos de gado (bovino e ovino). O objectivo principal é combater a emissão de metano, uma das maiores fontes de emissão de gases de efeito estufa do país.

O plano estranho, se for concretizado, será o primeiro em todo o planeta a cobrar os agricultores pelas emissões de metano dos seus animais.

Quase metade do metano é proveniente de fontes naturais, como pântanos (embora a maior parte seja proveniente de actividades humanas).

O metano é o segundo gás de efeito estufa mais comum, depois do dióxido de carbono.

E o metano tem tido um papel significativo no aquecimento do planeta: num século, aqueceu a Terra mais 28 a 34 vezes do que o dióxido de carbono – mas no planeta há muito mais dióxido de carbono no planeta.

Na Nova Zelândia há cerca de 10 milhões de bovinos e 26 milhões de ovelhas. Num país com pouco mais de 5 milhões de pessoas.

E quase metade do efeito estufa no país tem como origem a agricultura – essencialmente o metano.

Esta proposta prevê que os agricultores paguem imposto pelas emissões de metano a partir de 2025.

O presidente nacional da Federação de Agricultores da Nova Zelândia comentou na BBC que aprova a ideia.

“Mas, como em qualquer acordo em que há muitas partes envolvidas, vamos ter de engolir alguns sapos” – provavelmente sem arrotar – admitiu Andrew Hoggard.

Ainda não há acordo sobre os detalhes da implementação do plano mas já se sabe que o dinheiro que o Governo angariar vai ser investido em pesquisa, desenvolvimento e serviços de consultoria para agricultores.

Nuno Teixeira da Silva, ZAP //

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8 Comments

  1. Não sei o porquê, mas isto trouxe-me uma remeniscência de um verso de uma canção dos Ena Pá 2000 ” Conan, o homem rã -… Sem pagar portayem não passa aqui ima pulga”

    Em relação à licença de isqueiro que em Portugal existiu durante o Estado Novo ela tem uma explicação de que geralmente as pessoas conveniente se esquecem: proteger a indústria fosforeira nacional.

  2. Arroto??? Ah, sim, arroto mas pela outra extremidade. :))) Vá, acabem com as feijoadas e com outros alimentos que provocam esse tipo de arrotos. :))

    • Ah! Ah! Ah1 É isso mesmo.
      Se o Kosta lê a notícia passamos a pagar o imposto da bufa, do peido, do traque, etc., etc., etc.

  3. A tradução está mal feita e a ideia é taxar os gases/ flatulências e não os arrotos. Por outro lado isto mostra o estado de insanidade destes globalistas que não olharão a meios para atingir os fins.

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