José Sena Goulão / Lusa
Subida histórica da Galp, que se prepara para fechar a melhor sessão em 17 anos. “Estimativas de hidrocarbonetos no local são de 10 biliões de barris de petróleo equivalente, ou mais”, diz a petrolífera em comunicado.
A bolsa de Lisboa negociava esta segunda-feira em alta, impulsionada principalmente pelas ações da Galp, que dispararam mais de 20%.
Pelas 08h20 desta manhã, os títulos da petrolífera somavam 20,17% para 19,275 euros, depois da empresa ter anunciado uma “potencial descoberta comercial importante” na Namíbia.
No domingo, a Galp informou os investidores que a reserva de petróleo na Namíbia, na primeira fase de testes da campanha Mopane, aponta para uma “potencial descoberta comercial importante”.
Num comunicado enviado este domingo à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a empresa explica que “só no complexo de Mopane e antes de perfurar poços adicionais de exploração e avaliação, as estimativas de hidrocarbonetos no local são de 10 biliões de barris de petróleo equivalente, ou mais“.
Dizem três fontes do setor à Reuters que a Galp já está a tentar vender uma participação de 40% no bloco de exploração.
A Galp detém uma participação de 80% e é operadora na Licença de Exploração Petrolífera 83, que cobre uma área de quase 10.000 quilómetros quadrados na Bacia de Orange. A NAMCOR e a Custos, cada um com 10%.
A Galp não quis comentar, mas já tinha indicado anteriormente que poderia lançar um processo para atrair outros investidores para os seus projetos na Namíbia, uma vez que estes poderiam atingir uma grande escala.
Subida histórica: nem a bolsa aguentou a onda
A Galp prepara-se, graças à importante descoberta, para fechar a melhor sessão em 17 anos, só superada pelo ganho de 24,7% registado em 9 de novembro de 2007, de acordo com dados da Refinitiv citados pelo jornal ECO. Os títulos estão a cotar perto do máximo histórico de 19,5€.
Foi tal a oscilação que os títulos chegaram a estar suspensos pelo mecanismo da bolsa que é acionado quando se verificam grandes oscilações.
Às ações da Galp seguiam-se as do BCP, Sonae e Jerónimo Martins, que avançavam 2,27% para 0,31 euros, 2,21% para 0,92 euros e 1,24% para 18,00 euros.
As ações da Altri, Ibersol e Navigator valorizavam-se 1,20% para 5,06 euros, 1,14% para 7,08 euros e 0,98% para 4,13 euros.
As ações da Mota-Engil, Corticeira Amorim e Semapa subiam 0,76% para 4,22 euros, 0,62% para 9,77 euros e 0,39% para 15,32 euros. As ações dos CTT também subiam, designadamente 0,22% para 4,48 euros.
Em sentido contrário, as ações da NOS lideravam as perdas e recuavam 8,06% para 3,31 euros.
As outras três ações que se desvalorizavam eram as da EDP Renováveis, EDP e Greenvolt, que registavam perdas de 0,78% para 12,73 euros, 0,58% para 3,59 euros e 0,30% para 8,32 euros.
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