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Telescópio capta imagem de rádio mais detalhada da “irmã” da Via Láctea

(dr) Fatigoni et al.

Imagem da Galáxia Andrómeda do Radiotelescópio da Sardenha

Uma equipa de astrónomos usou o Radiotelescópio da Sardenha, em Itália, para produzir uma imagem de rádio detalhada da galáxia Andrómeda na frequência de microondas de 6,6 GHz.

Cientistas revelaram recentemente a imagem de rádio mais detalhada da nossa galáxia vizinha, Andrómeda. A observação, feita pelo Radiotelescópio da Sardenha (SRT), permitiu aos astrónomos identificar e estudar regiões onde se formam novas estrelas – uma investigação que contribui para a compreensão da nossa própria galáxia.

“A nova imagem do Radiotelescópio da Sardenha permitir-nos-á estudar a estrutura de Andrómeda e o seu conteúdo com mais detalhe”, disse Sofia Fatigoni, estudante de doutoramento da University of British Columbia, no Canadá, citada pelo Sci-News.

“Compreender a natureza dos processos físicos que ocorrem dentro de Andrómeda permite-nos compreender mais claramente o que acontece na nossa própria galáxia – como se estivéssemos a olhar para nós próprios a partir do exterior”, acrescentou.

A nova imagem oferece inúmeros detalhes e uma ampla visão da região ao redor de Andrómeda. Na frequência de 6,6 GHz, a emissão é muito fraca, mas só nesta faixa é possível observar determinadas características e entender a dinâmica da galáxia vizinha.

Ao todo, os astrónomos demoraram 66 horas a mapear o céu com o Radiotelescópio.

A partir dos dados analisados, a equipa conseguiu estimar a taxa de formação de estrelas em Andrómeda e, com isso, produzir um mapa detalhado no qual destacaram o “disco da galáxia” como a região em que se formam novas estrelas.

“Ao combinar esta nova imagem com as adquiridas anteriormente, demos passos significativos no esclarecimento da natureza das emissões de microondas de Andrómeda”, disse Elia Battistelli, professora da Universidade de Roma e coautora do artigo científico, publicado a 23 de julho na Astronomy & Astrophysics.

A equipa também desenvolveu e implementou um software onde testou novos algoritmos para tornar o processo de mapeamento mais preciso. O novo mapa catalogou cerca de 100 “fontes pontuais”, incluindo estrelas, galáxias e outros objetos no Espaço profundo.

ZAP //

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