Imã de Lisboa critica os que falam sobre o Islão sem conhecimento

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O Sheik David Munir

O xeque David Munir, imã da Mesquita Central de Lisboa, afirmou hoje que, “se a ignorância sobre o Islão pagasse as dívidas, o nosso défice estava resolvido”.

“Desde a semana passada, fala-se muito de ‘Sharia’. As pessoas afirmam coisas que nada têm a ver com a ‘Sharia’”, palavra que, em árabe, “significa ‘caminho’”, disse o imã, criticando os que, a propósito da situação no Afeganistão, criticam o Islão sem o conhecerem.

Na oração de sexta-feira na Mesquita Central de Lisboa, ao início da tarde, David Munir deu o exemplo de “um padre jesuíta” que, esta semana, num debate televisivo, “associou a prática dos talibãs com o Islão”.

Ridículo. Peço aos padres jesuítas: por favor, aprendam o Islão”, afirmou.

“Se eu disser que o cristianismo apoia a pedofilia, estou a ofender os cristãos. Quantos padres foram acusados de pedofilia? Mas nós não associamos a prática da pedofilia com o cristianismo. Conseguimos separar as coisas”, disse David Munir.

Na mesma intervenção, perante muitos muçulmanos presentes na mesquita, o imã referiu-se a outro debate televisivo, no qual “um candidato à Câmara Municipal de Lisboa chamou Fernando Medina de talibã”.

Sem identificar o autor da acusação, o xeque Munir admitiu que se associa “o termo talibã a práticas de agressividade”.

O mesmo candidato autárquico terá afirmado nesse programa televisivo que “o Islão é um problema”, ao que o imã respondeu: “O problema não é o Islão. O problema é como você vê o Islão. Vê o Islão vendo a prática de alguns muçulmanos que fazem coisas contra o Islão”.

“Hoje temos um grande desafio, que é transmitir conhecimento. Mas, para transmitir conhecimento, temos de aprender”, frisou o xeque David Munir, deixando ainda a pergunta: “alguma vez no nosso país, desde que foi fundada a comunidade [islâmica], em 1968, houve algum problema entre um muçulmano e um não muçulmano por razões religiosas?”

// Lusa

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6 Comments

  1. Louvo a postura aparentemente moderada deste imã mas acho que ele é que deve estudar o Islão ou ser sincero. O seu líder, o profeta, não era um hippie masoquista, mas sim um senhor da guerra, que escravizou, torturou, chacinou cristãos e judeus e outros, e conquistava pela força da espada. E por falar em pedófilos, o seu profeta teve várias mulheres e escravas sexuais, casando-se com uma menina de 7 anos e consumando o casamento (coito) aos 10 anos. Daí a prática de casamentos com crianças de 7 anos em alguns países islâmicos. Tudo isto são factos! Os talibãs e o EI representam literalmente o Islão. Este senhor é um mentiroso oportunista, em linha com o dogma do Islão de conquistar o mundo por qualquer meio.

  2. A grande diferença é que Jesus nunca fez nada que não professasse, toda a sua vida e a sua palavra foram coerentes, era um Mestre Iluminado ensinando a amar verdadeiramente, ao ensinar-nos tb a amar-mo-nos primeiro. O degredo que aconteceu em parte da Igreja tem que ver com as falhas humanas e com o facto de, infelizmente a Igreja ter estado demasiado tempo agarrada ao poder. Agr que as cidades e países são independentes das religiões devemos ter juízes tb ignorantes dos chamados “livros sagrados” para não julgarem segundo a época medieval, com base em leis do passado que não têm cabimento no presente. Que haja impunidade e que a justiça seja cega.
    Quando ao “profeta”, esse era mesmo só isso, alguém que canalizava informação, ora de “anjos” ora de “demónios”. Daí se explica a grande confusão daqueles escritos, que têm lá claramente uma missão de subjugação das outras culturas, religiões e povos pela espada (hj é pela bomba, daí a representação cómica da personagem com um turbante envolvido numa bomba que deu direito àquilo que eles sabem fazer: matar os outros para irem para o “céu”, onde existem depois, como prémio pelo nauseabundo ocorrido, virgens inocentes jovenzinhas para poderem violar à imagem do seu “guia”).

  3. O Islão significa em tradução direta “subjugação”, e nos próprios escritos está lá dito que os seus “fiéis” podem mentir e enganar os outros desde que seja para “proteger” a sua religião. Para além disso, aquelas “escrituras” que NÃO foram escritas por DEUS, nem por ninguém divino, apenas por homens comuns, relatando os ocorridos na vida do “profeta” e as suas teorias, subjugam a mulher a uma mão cheia de nada, tem que andar coberta em vergonha por ser considerada apenas uma serva do homem, que, para ser um “bom” homem deve seguir o exemplo do homem que eles consideram perfeito: o seu “guia” que matou, torturou, subjugou, violou, praticava pedofilia, e mentia para enganar os outros. Basta lerem as suas escrituras se não acreditam, está lá escrita a sua vida e os seus “feitos”.
    Tendo em consideração a população total da altura, e as mortes diretas causadas pelos seus exércitos no ímpeto de subjugar outras culturas, ele foi o maior ditador da história da humanidade. Cerca de 40 milhões de vidas foram ceifadas pelas suas mãos sujas de sangue, nada divino diga-se de passagem!

  4. Este Iminente Imã, não deve ter a consciência que está a viver num País Democrático e Laico, onde a Liberdade de expressão (bem fundamentada ou não), não sofre de prosseguição Dogmática Religiosa, contrariamente a Religião Islâmica praticada de modo geral. Portanto proponho que se construam Igrejas Cristãs no Afeganistão…………Só para ver o resultado !

    • Eu proponho ao Imã, em vez de criticar os portugueses (e ‘ocidentais’ em geral) que tem uma visão crítica do Islão (eu tenho de todas as religiões!), devia criticar os muçulmanos radicais – que, claramente, também não conhecem o Islão!!
      Se não forem os muçulmanos moderados a “limpar” o Islão, ninguém o vai conseguir fazer.

  5. A conversa das religiões é sempre a mesma: quem não acredita nas “histórias da carochinha” da Idade Média não tem “conhecimento”!…

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