Ilhas Faroé permitem público nos estádios, mas abraços estão fora de questão

As Ilhas Faroé, que se converteram há uma semana no primeiro território europeu a recomeçar a sua principal Liga de futebol, anunciaram hoje que vão autorizar a presença de público nas bancadas, com restrições, a partir de sábado.

“Os espetadores poderão assistir a corridas de remo, a jogos de futebol e a outros eventos desportivos, desde que sejam cumpridas as condições exigidas para minimizar o risco de infeção”, informou hoje, através de um comunicado, o Governo daquele território dependente da Dinamarca.

As autoridades locais irão clarificar nos próximos dias quais as regras que regularão a presença de público nas bancadas e que se juntarão a outras medidas já implementadas, como a obrigação de desinfetar a bola e a proibição de abraçar, cuspir e partilhar garrafas entre os jogadores.

A medida insere-se na fase 3 de desconfinamento apresentada hoje e que reduz a distância social recomendada de dois para um metro e permite reuniões em grupos de até 100 pessoas.

As Ilhas Faroé, um arquipélago de 51.000 habitantes formado por 18 ilhas e localizado entre a Noruega e a Islândia, não registaram nenhuma morte pela pandemia da covid-19 e não detetaram novos casos nos últimos dias.

As autoridades das Ilhas Faroé mantêm algumas restrições em relação a grandes eventos e aconselham os turistas a não visitar o país até pelo menos 30 de junho, e quem o faz tem de se sujeitar a uma quarentena de 14 dias.

A principal Liga das Ilhas Faroé (Betrideildin), que deveria ter começado no início de março e foi adiada devido à pandemia da covid-19, é composta por dez equipas, que competem num sistema de três voltas.

Apesar do nível baixo do futebol da I Liga das Ilhas Faroé, que é disputada por equipas semiprofissionais, a falta de competição em toda a Europa fez despertar interesse no exterior sobre aquele campeonato, a ponto de os direitos de transmissão dos jogos terem sido vendidos para países como a Noruega, a Dinamarca e a Suécia.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 297 mil mortos e infetou mais de 4,3 milhões de pessoas em 196 países e territórios. Mais de 1,5 milhões de doentes foram considerados curados.

// Lusa

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