IL está a mudar: sensível, moderada, responsabilidade no dia seguinte

Filipe Amorim / LUSA

O presidente da Iniciativa Liberal (IL), Rui Rocha

Sondagens prometem, liberais apostam na moderação para captar votos e viabilizar governo – que poderá formar ao lado da AD.

No debate com Luís Montenegro em 2024, Rui Rocha disse que o próximo Governo estava naquela mesa. Não aconteceu: os 8 deputados da Iniciativa Liberal (IL) ficaram longe de dar maioria absoluta a uma direita sem o Chega.

Um ano depois, o cenário parece ser diferente. Pelo menos, as sondagens sugerem que a IL pode ser mesmo o partido com maior subida nas próximas eleições legislativas.

Para que as sondagens não se fiquem por sondagens, a IL está a mudar a sua estratégia para as próximas legislativas, apostando na moderação como resposta ao atual contexto político e económico.

O Observador destaca que Rui Rocha – e o partido – estão sensíveis ao que está a acontecer no mundo, sobretudo a nível económico.

Os liberais estarão disponíveis para viabilizar soluções de governabilidade, mas sem abdicar da sua identidade reformista.

Vem aí um novo programa da IL, mais moderado, especialmente em matérias fiscais – sem abandonar as principais bandeiras liberais.

Exemplo de moderação: IRC. Agora a IL que chegar aos 15% até 2029, em vez dos 12% anteriormente propostos. No IRS, defendem regime de duas taxas (15% e 28%) a implementar de forma gradual até 2030.

A IL garante que continuará a defender a redução e simplificação dos impostos, sem comprometer a isenção dos rendimentos mais baixos.

Na habitação, defende a redução do IVA da construção para 6% e propõe incentivos fiscais aos rendimentos prediais, para aumentar a oferta no mercado de arrendamento.

Tudo isto, justifica o líder do partido, para “dar um sinal de responsabilidade” e conquistar a confiança dos eleitores.

E essa “responsabilidade” também será visível no dia seguinte às eleições: a IL está disponível para participar numa solução de governação, desde que possa influenciar políticas públicas.

Rui Rocha já afirmou: “Estamos cá para assegurar uma solução de governabilidade ao país”.

O futuro está em aberto. O partido continua sem estabelecer metas eleitorais concretas.

ZAP //

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