A marca sueca de imobiliário Ikea está a contestar nos tribunais portugueses o registo da marca marroquina Kitea. A semelhança entre os dois nomes não é uma mera coincidência, já que ambas vendem o mesmo tipo de produtos para a casa.
A Ikea pretende impedir que a Kitea venda os seus produtos em Portugal e, por isso, contestou o registo da marca marroquina no Tribunal da Propriedade Intelectual de Lisboa.
As duas marcas têm logótipos distintos, mas actuam no mesmo sector e vendem produtos com algumas semelhanças. Assim se justifica a acção movida pela Ikea ao abrigo do argumento da propriedade industrial, como refere o Expresso.
Em Maio de 2019, o Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) aprovou o registo da Kitea em Portugal, apesar da contestação da Ikea.
Mas a gigante sueca do mobiliário não desiste e continua a pôr em causa o registo da Kitea no nosso país.
“Enquanto empresa global detentora da marca e conceito Ikea, é muito importante para Inter Ikea Systems B.V. assegurar e proteger os direitos de propriedade intelectual inerentes à mesma”, refere uma fonte da multinacional ao Expresso.
“Sentimos uma grande responsabilidade perante os nossos clientes e queremos assegurar que estes podem sempre confiar na marca Ikea e que sabem o que está, ou não, ligado a esta”, frisa a mesma fonte.
A marca marroquina também se registou em países como Espanha, França e Itália, depois de a Ikea ter aberto um espaço de venda em Marrocos. Os responsáveis da Kitea não se pronunciam quanto aos planos que têm para a instalação em Portugal.