O progresso no sentido de alcançar a igualdade de género está a “desfazer-se à frente dos nossos olhos”, afirmou na segunda-feira António Guterres, secretário-geral das Nações Unidas, à Comissão sobre o Estatuto da Mulher.
Guterres disse, citado pela CNN Portugal, que a igualdade de género está “a 300 anos de distância”, de acordo com as últimas estimativas da ONU Mulher, a organização das Nações unidas dedicada à igualdade de género e ao empoderamento feminino.
O responsável apontou as taxas elevadas de mortalidade materna, raparigas forçadas a casar cedo e outras raptadas e agredidas por frequentarem a escola.
“Os direitos das mulheres estão a ser abusados, ameaçados e violados em todo o mundo”, referiu, nomeando alguns países, como o Afeganistão, onde “as mulheres e raparigas foram apagadas da vida pública”.
O relatório apresentado ao Conselho dos Direitos Humanos em Genebra, na Suíça. também registou o aumento dos casamentos forçados e dos casamentos de crianças, a proibição que exclui mulheres de espaços públicos e outras restrições que limitam a sua capacidade para trabalhar e viajar de forma independente no Afeganistão.
“As crises e conflitos afetam primeiro e mais as mulheres e raparigas”, indicou Guterres, exemplificando com a Ucrânia. Em 2022, a ONU apelou a uma investigação sobre relatos de violação e violência sexual contra mulheres e crianças ucranianas após a invasão da Rússia.
“Em muitos lugares, os direitos sexuais e reprodutivos das mulheres estão a retroceder”, continuou.
Para alcançar a igualdade de género, apelou à ação “coletiva” e “urgente”, desde o aumento da educação, rendimento e emprego das mulheres e raparigas, especialmente nos países em desenvolvimento, até à promoção da participação das mulheres e raparigas na ciência e tecnologia.
“Séculos de patriarcado, discriminação e estereótipos prejudicais criaram um enorme fosso entre os géneros na ciência e na tecnologia”, notou, acrescentando: “sejamos claros: as estruturas globais não estão a funcionar para as mulheres e raparigas no mundo. Elas precisam de mudar”.
Vamos precisar mais 300 anos para ver as mulheres a fazer o mesmo trabalhos pesados e sujos que o homem? Porque tudo o resto temos todos os mesmo direitos e deveres (excluindo países como Afeganistão/Arábia Saudita claro).
O senhor António Guterres quer dizer e muito bem que: a ihualdade de género tem de ser implementada o quanto antes. A mulher na hora do divórcio não pode levar, para o que por vezes não (na maioria dos casos) não contribui.
De resto meus amigos, Nós homens andamos andamos a 50km e elas sempre a 120 de resto, dinheiro; ponham o salário igual ou superior ao de muitos homens a ocupar o mesmo lugar se reunir competências para tal. Reconheçam a igualdade de genero, a sociedade civil vai agradecer.
Quando começar a vê-las a alombar tijolos e sacos de cimento falamos.