São milhares os desalojados que, após o ciclone Idai, continuam sem acesso a água potável. Além disso, a necessidade de comida mantém-se em níveis inalterados.
Os dados da Organização Internacional para as Migrações (OIM), patentes no relatório “Oito meses depois do Idai: cronologia de deslocamento, necessidades humanitárias e desafios futuros em Moçambique”, consultado pela Visão, indicam que o processo de reconstrução das regiões afetadas pelo ciclone tem sido demorado.
Segundo o matutino, grande parte do trabalho continua a ser levado a cabo por associações humanitárias internacionais, que têm garantido o acesso a alimentação e a água potável a milhares de pessoas.
A OIM destaca que, no topo das necessidades humanitárias, continua a comida, apontada por 47% dos inquiridos como a principal carência. O acesso a água potável também continua a ser um problema grave no país. A OIM indica que se em abril era uma necessidade apontada por 6%, em outubro o número aumentou para os 18%.
Além de agravar todas as questões relacionadas com saneamento e higiene, a falta de água potencia doenças. Estas carências enumeradas pela Visão atingem praticamente de igual forma os residentes dos campos de reassentamento e as populações que conseguiram voltar às suas comunidades.
As principais preocupações são garantir que estas pessoas têm condições para enfrentar mais uma época de chuvas e ciclones.