Em 2022 ainda sobe, mas, em 2023, a idade normal de acesso à pensão poderá ter uma queda inédita de dois meses, fixando-se nos 66 anos e cinco meses e interrompendo a tendência de crescimento.
Esta sexta-feira, os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), e citados pelo Público, mostram que, no triénio de 2018 a 2020, a esperança média de vida aumentou, ainda que as primeiras estimativas para 2021 revelem uma alteração desta tendência.
Tendo por base a mortalidade observada nos primeiros quatro meses de 2021 e as previsões de mortalidade para o período de maio a dezembro, o INE conclui que, no triénio de 2019 a 2021, a esperança de vida à nascença possa vir recuar 2,76 meses (para 80,83 anos) e a esperança de vida aos 65 anos possa diminuir três meses (para 19,44 anos) em comparação com o triénio anterior.
Se estes dados se confirmarem, a idade da reforma em 2023 deverá recuar para 66 anos e cinco meses, menos um mês do que em 2021 (66 anos e seis meses) e menos dois meses do que em 2022 (66 anos e sete meses).
Além disso, se for tido em conta o intervalo de confiança que o INE considera nas suas projeções, a idade da reforma em 2023 pode mesmo descer para 66 anos e quatro meses (no limite inferior do intervalo de confiança) ou para 66 anos e seis meses (no limite superior).
