A empresa já iniciou a fase de recrutamento. O novo Centro de Inovação Tecnológica do Fundão prevê empregar pelo menos 30 pessoas no primeiro ano.
A IBM está a instalar um Centro de Inovação Tecnológica no Fundão, cuja atividade será centrada no desenvolvimento e gestão de soluções de energia e que criará pelo menos 30 postos de trabalho no primeiro ano, foi esta segunda-feira anunciado.
“O que nós programámos, numa primeira fase, é o desenvolvimento de soluções e de serviços no domínio energético e da eficiência energética, que é claramente a aposta principal”, afirmou o presidente da IBM Portugal, António Raposo Lima, na cerimónia de assinatura do protocolo de parceria com a Câmara do Fundão.
Este responsável explicou que o centro será gerido pela Softinsa (empresa do grupo IBM) e que iniciou atividade antes mesmo do que estava planeado para dar resposta às necessidades.
António Raposo Lima adiantou que a empresa já está a proceder ao recrutamento de jovens qualificados da área das novas tecnologias de informação e que este laboratório de competências prestará serviços para “Portugal e para o mundo”.
“Esta rede de centros que nós desenvolvemos, e que queremos ver crescer, presta serviços para os clientes que nós temos e que não estão circunscritos a Portugal. (…) Cerca de metade da atividade que nós desenvolvemos nestes centros já é uma atividade de exportação, fundamentalmente na Europa, nos Estados Unidos da América e também na Ásia”, indicou.
Sobre a escolha do Fundão, António Raposo Lima apontou a aposta que esta cidade do distrito de Castelo Branco tem feito ao nível da atração e captação de empresas do setor das tecnologias de informação, bem como a “ambição” da autarquia em afirmar este território como um “‘hub’ tecnológico para o mundo global”.
“Esta ambição, esta vontade, este empenho e este compromisso que sentimos da parte do senhor presidente [da câmara] e da sua equipa, foi isso que efetivamente motivou que o Fundão seja claramente uma aposta da IBM e da Softinsa”, disse.
Entre os fatores, pesou igualmente o facto de estar criada uma rede com as instituições de ensino superior, nomeadamente a Universidade da Beira Interior, o Instituto Politécnico de Castelo Branco e Instituto Politécnico da Guarda, a existência de acessibilidades ao nível do mundo digital e a facilidade para interagir com os outros dois centros descentralizados do grupo, que estão em Tomar e Viseu.
“Viemos encontrar no Fundão um conjunto de talentos e de recursos humanos muito adequado àquilo que são as necessidades da nossa operação”, acrescentou.
Esta é também “a oportunidade de o Fundão voar ainda mais alto”, apontou o presidente da IBM Portugal, depois de citar o princípio que tem sido seguido pelo município ao nível do plano de educação educacional e que passa por “criar raízes e dar asas” aos mais novos.
Um contributo que foi reconhecido pelo presidente da Câmara do Fundão, Paulo Fernandes, que sublinhou a importância que este centro tem para consolidar e desenvolver o “ecossistema” tecnológico do concelho e também para “motivar” os mais novos.
Para Paulo Fernandes, a opção de fixar este laboratório no concelho é também um importante contributo para afirmar os territórios de baixa densidade e ajudar a acabar com o estigma do interior. “Seguramente, decisões como esta são, talvez, o que de melhor se pode fazer para acabar com esse estigma e colocarmos todo o território nacional a criar valor”, afirmou.
Para já o centro fica instalado no edifício do Mercado Abastecedor, na zona industrial, mas o autarca garantiu ainda que o município já está a trabalhar com vista a transferir a estrutura para o coração da cidade. Também assumiu a expectativa de que o centro possa crescer e reiterou que a Câmara do Fundão já está a criar soluções para acompanhar necessidades que possam surgir.
// Lusa