/

IAVE reconhece erro na prova docente de Português

O Instituto de Avaliação Educativa admitiu que durante a realização da prova esta sexta-feira “foi detectada uma omissão no enunciado”, mas que os professores que fizeram a prova de avaliação de Português do 1.º ciclo não vão ser prejudicados pelo erro, e sublinha que não houve qualquer erro na prova de Filosofia.

Em resposta à Lusa, depois de denúncias sindicais de erros e irregularidades nos três dias em que decorreu a Prova de Avaliação de Conhecimentos e Capacidades (PACC), o IAVE, que coordena a aplicação da prova, referiu que, no caso do exame de Português do 1.º ciclo, “durante a realização da prova, foi detectada uma omissão no enunciado”.

“Em articulação com o JNP (Júri Nacional da Prova), foram adoptados os procedimentos previstos para este tipo de ocorrência. Esta situação será tida em conta no processo de classificação, de forma a não prejudicar os candidatos”, acrescentou o instituto.

A Federação Nacional de Professores (Fenprof), em comunicado, referiu que o enunciado da prova de Português divulgado pelo IAVE não corresponde ao que foi distribuído aos professores que fizeram esse exame específico, ocultando o erro que levou os professores a terem que responder a questões referentes ao programa do 2.º ciclo, ou seja, fora do âmbito que leccionam.

A federação sindical criticou o sucedido, afirmando que só próximo do final da prova chegou a indicação aos docentes de que teriam 30 minutos de tolerância para refazer a resposta, considerando o programa de Português do 1.º ciclo.

Em resposta, o IAVE declarou à Lusa que “quando se verifica a necessidade de proceder a determinada correção de uma prova, e esta é comunicada ao candidato, essa correção passa a fazer parte integrante do enunciado”.

No entanto, a Fenprof afirma que em algumas escolas a informação relativa à tolerância de 30 minutos só chegou depois do fim da prova.  Sobre estes casos o IAVE não deu qualquer resposta.

A federação sindical denunciou também um erro na chave de correção da prova de Filosofia, numa questão de escolha múltipla.

O IAVE, no entanto, afirma que “na prova de Filosofia não há erro nenhum, nem no item nem na chave de resposta”.

A prova é obrigatória para os professores contratados com menos de cinco anos de serviço que pretendam aceder aos concursos para dar aulas nas escolas públicas.

Estavam inscritos 1.565 candidatos para fazer 2.338 provas.

/Lusa

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.