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IA descobre novas crateras em Marte em apenas cinco segundos

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NASA

Uma equipa de investigadores da NASA treinou um algoritmo para identificar novas crateras na superfície de Marte. É oito vezes mais rápido do que os cientistas.

A dado ponto da sua vida já abriu um jornal ou uma revista e viu um daqueles jogos de encontrar diferenças entre duas imagens. Ora, a NASA decidiu fazer o mesmo e competiu com Inteligência Artificial para analisar uma imagem e identificar crateras recém-formadas em Marte.

Os cientistas precisavam de cerca de 40 minutos para analisar uma fotografia do solo marciano e procurar uma mancha escura que não estivesse nas fotos anteriores do mesmo local. Se os cientistas encontrarem indícios de uma cratera, depois é preciso confirmar a descoberta usando uma fotografia com maior resolução, captada pela High Resolution Imaging Science Experiment (HiRISE).

Comparando as duas fotografias, e procurando por crateras que anteriormente não estavam lá, os cientistas conseguem estimar a sua idade. Esta informação pode melhorar a sua compreensão da história de Marte e ajudar no planeamento de novas missões ao Planeta Vermelho, salienta o portal Big Think.

Em 15 anos, a sonda Mars Reconnaissance Orbiter, da NASA, já tirou 112.000 fotografias de baixa resolução da superfície marciana, com cada uma a cobrir centenas de quilómetros. Não é preciso um curso matemático para perceber que este processo de identificar novas crateras é altamente demorado e exaustivo.

Delegar para a Inteligência Artificial (IA) tarefas entediantes tornou-se um costume com a evolução da tecnologia. Foi precisamente isso que os cientistas fizeram ao treinarem um algoritmo para fazer este trabalho por eles.

Ao contrário dos humanos, a Inteligência Artificial precisa apenas de cinco segundos para analisar uma fotografia — quase 500 vezes mais rápida do que um cientista da NASA.

Para acelerar o processo de aprendizagem do algoritmo, os investigadores executaram a IA num cluster de supercomputadores no Jet Propulsion Laboratory (JPL) da NASA.

“Não seria possível processar mais de 112.000 imagens num período de tempo razoável sem distribuir o trabalho por muitos computadores”, disse o cientista de computação do JPL Gary Doran. “A estratégia é dividir o problema em partes menores que podem ser resolvidas em paralelo”.

Em outubro, a NASA confirmou que a IA tinha descoberto as suas primeiras crateras em Marte e, até ao momento, ajudou os cientistas a localizar dezenas de novos impactos.

“Os dados estiveram lá este tempo todo”, disse o cientista do JPL Kiri Wagstaff à Wired. “Nós é que ainda não os tínhamos visto”.

Daniel Costa, ZAP //

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2 Comments

  1. Peço desculpa, mas se cientistas levam 40 minutos, a IA leva 5 segundos, a prorção não pode ser oito vezes mais rápida com a IA do que os cientistas, ou é erro de divisão, ou alguma referência a minutos ou segundos está errada. Pelas contas 40′ x 60″= 2400″ se dividirmos por 5, o resultado não é 8.
    Entendam por favor que esta resposta serve apenas para correção, e compreensão da notícia.
    Obrigado pela atenção,
    L. M.

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