Humanos identificam imagens mais depressa do que super-computadores

Quantas imagens consegue identificar no GIF abaixo?

MIT News

GIF divulgado pelo MIT simula a velocidade das imagens

GIF divulgado pelo MIT simula a velocidade das imagens

O teste acima mostra a capacidade do cérebro humano de identificar figuras em fracções de segundos. A pesquisa foi realizada por cientistas do MIT – Massachusetts Institute of Technology, nos Estados Unidos, e concluiu que o cérebro humano é capaz de interpretar imagens captadas pelos olhos em apenas 13 milissegundos.

Este resultado mostra que os humanos são capazes de identificar imagens a uma velocidade 8 vezes superior aos 100 milissegundos, que haviam sido determinados em estudos anteriores.

“O facto de poder fazer isso em velocidades tão altas mostra-nos que a função da visão é encontrar conceitos. E é isso o que o cérebro faz o dia todo – tentar perceber o que estamos a ver”, explica Mary Potter, professora de Ciências Cognitivas e do Cérebro do MIT e principal autora do estudo, que foi publicado no periódico “Attention, Perception and Psychophysics”.

O estudo sugere também que o rápido processamento das imagens ajuda no direccionamento dos olhos, que chegam a mudar de posição até três vezes por segundo.

“O trabalho dos olhos não é apenas enviar as informações para o cérebro, mas permitir que ele pense sobre o que viu suficientemente rapidamente para saber para onde olhar a seguir. Em geral, calibramos os nossos olhos para que se movam com a mesma frequência com que entendemos o que estamos a ver”, completa a cientista.

PhotosbyJohn/Flickr

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Além da imagem

O cérebro humano, no entanto, necessita de mais tempo para poder processar as imagens que são identificadas nos 13 milissegundos.

Potter diz que as pessoas que passaram pelo teste não teriam acertado correctamente a sequência de imagens se estas tivessem sido excluídas no final dos 13 milissegundos. “É necessário que haja alguma coisa no cérebro que mantenha essa informação por mais algum tempo”, explicou a especialista.

Este novo teste, que invalidou o resultado das experiências anteriores que determinavam ser de 100 milissegundos a velocidade média de identificação, põe o cérebro humano no mesmo patamar que os super-computadores mais velozes. Mary Potter decidiu realizar a experiência com tempos de 13 milissegundo precisamente por ser essa a velocidade máxima a que os computadores do laboratório podiam trabalhar.

Fica a questão: o cérebro humano pode ser ainda mais rápido? A resposta pode estar a um piscar de olhos.

Adriano Padilha, ZAP

 

 

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