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Hubble captou as fotografias mais detalhadas do cometa Neowise

NASA, ESA, Q. Zhang (Instituto de Tecnologia da Califórnia), A. Pagan (STScI)

O Telescópio Espacial Hubble da NASA/ESA capturou as imagens mais detalhadas até agora do mais recente visitante astronómico a chegar às manchetes dos jornais, o Cometa C/2020 F3 NEOWISE, depois de passar pelo Sol. Esta imagem a cores do cometa foi obtida no dia 8 de agosto de 2020.

O Telescópio Espacial Hubble da NASA/ESA capturou as imagens mais detalhadas até agora do mais recente visitante astronómico a chegar às manchetes dos jornais, o Cometa C/2020 F3 NEOWISE, depois de passar pelo Sol.

As novas imagens foram obtidas no dia 8 de agosto e mostram a cabeleira do visitante, a fina concha que envolve o seu núcleo, e o seu fluxo empoeirado.

O Cometa NEOWISE é o cometa mais brilhante visível a partir do hemisfério norte desde o Cometa Hale-Bopp de 1997. Estima-se que esteja a viajar a mais de 60 km/s.

A maior aproximação do cometa ao Sol teve lugar no dia 3 de julho e agora está a voltar para os confins do Sistema Solar, só passando novamente pela nossa vizinhança planetária daqui a 7000 anos.

A observação do NEOWISE é a primeira vez que um cometa com este brilho foi fotografado em alta resolução após a sua passagem pelo Sol. Tentativas anteriores de fotografar outros cometas brilhantes (como o cometa ATLAS) não tiveram sucesso, pois desintegraram-se devido ao calor escaldante do Sol.

Os cometas frequentemente quebram-se devido aos stresses térmicos e gravitacionais destes encontros próximos, mas a visão do Hubble sugere que o núcleo sólido do NEOWISE permaneceu intacto. Este coração do cometa é demasiado pequeno para ser visto diretamente pelo Hubble. A bola de gelo pode não ter mais do que 4,8 km de diâmetro. Mas a imagem do Hubble captura uma parte da vasta nuvem de gás e poeira que envolve o núcleo, que mede cerca de 18.000 quilómetros nesta imagem.

A observação do Hubble também resolve um par de jatos do núcleo disparados em direções opostas. Emergem do núcleo do cometa como cones de poeira e gás e, em seguida, são curvados em estruturas semelhantes a uma ventoinha pela rotação do núcleo.

Os jatos são o resultado da sublimação do gelo por baixo da superfície com a poeira/gás resultante sendo expelidos a alta velocidade.

As fotos do Hubble também podem ajudar a revelar a cor da poeira do cometa e como essa cor muda à medida que o objeto se afasta do Sol. Isto, por sua vez, pode explicar como o calor do Sol afeta o conteúdo e a estrutura dessa poeira da cabeleira do cometa.

O objetivo final aqui seria a determinação das propriedades originais da poeira. Os investigadores que usaram o Hubble para observar o cometa estão a investigar ainda mais os dados para ver o que conseguem encontrar.

O Hubble capturou outros visitantes cometários conhecidos durante o último ano. Isto inclui fotografar a fragmentação do cometa ATLAS em abril de 2020 e imagens impressionantes do cometa interestelar 2I BORISOV em outubro de 2019 e dezembro de 2019.

// CCVAlg

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