O fundador da Huawei admitiu esta segunda-feira uma quebra de receitas em 30.000 milhões de dólares (26.760 milhões de euros), face à pressão de Washington, que acusa o grupo de telecomunicações de estar exposto à espionagem chinesa.
Ren Zhengfei admitiu que a empresa reduzirá a sua capacidade, mas que a campanha lançada pelos Estados Unidos, para restringir os seus negócios, não a vai fazer parar.
O Presidente norte-americano, Donald Trump, emitiu, no mês passado, uma ordem executiva que exige às empresas do país que obtenham licença para vender tecnologia crítica à Huawei, num golpe que se pode revelar fatal para a gigante chinesa.
Numa mesa redonda, organizada na sede da empresa, em Shenzhen, sul da China, Ren previu que a faturação das vendas cairá para 100.000 milhões de dólares (89.200 milhões de euros) neste ano e no próximo, uma queda de 10%, face a 2018.
De acordo com a Bloomberg, que cita fontes próximas ao processo da guerra comercial, a gigante chinesa de telecomunicações prepara-se para uma queda entre 40 e 60% nas vendas internacionais dos seus smartphones. A Huawei recusou comentar estes números.
Segundo as mesmas fontes a Huawei tem em cima da mesa várias opções para enfrentar uma eventual quebra no volume de vendas, passando uma destas pela retirada do mercado europeu do novo modelo de telemóvel, o Honor 20.
ZAP // Lusa