/

Hospital de Cascais proíbe minissaias e quer médicas com maquilhagem discreta

10

O novo “Regulamento interno de utilização e conservação do fardamento e cacifo” do hospital de Cascais determina algumas proibições que o sindicato dos Médicos diz ser um “exemplo escandaloso de prepotência”.

No novo “Regulamento interno de utilização e conservação do fardamento e cacifo, o hospital de Cascais, que é uma parceria público-privada entregue ao grupo Lusíadas Saúde, aprovou algumas medidas que estão a escandalizar o sindicato dos Médicos.

A maquilhagem deve ser discreta, o batom e sombras em cores nude, base, lápis e rímel adequados à fisionomia de cada pessoa e não podem ser usados piercings, jóias, tatuagens de qualquer tipo em locais visíveis do corpo”, lê-se no novo regulamento.

Além disso, é obrigatório o uso de rabo de cavalo caso o comprimento do cabelo ultrapasse os ombros, o desodorizante não deve ter cheiro e o perfume deve ser o mais leve, fresco e agradável possível, de modo a não incomodar os pacientes.

Segundo o Correio da Manhã, chinelos, sandálias e botas estão também proibidos. Os homens devem usar meias lisas e discretas (de preferência azuis escuras), enquanto que as mulheres devem usar collants em tom natural ou azul escuro e camisa abotoada ao nível do peito.

O Sindicato dos Médicos da Zona Sul considera este documento “intolerável num Estado democrático”, afirmando que “constitui um atentado à Constituição da República“.

Ao CM, João Proença, do SMZS, afirma que é um exemplo “escandaloso de prepotência e de militarização da vida hospitalar” e que, dado que é uma parceria público-privada, deveria ter regras públicas.

A aprovação deste novo regulamento é, no entender do sindicato, “mais um triste exemplo da impunidade de que gozam as parcerias público-privadas”.

Em comunicado, citado pelo jornal, o SMZS exige “aos poderes legalmente estabelecidos a imediata anulação deste tipo de chantagem e assédio nos locais de trabalho”, e deixa várias questões: “Quem vai decidir se o perfume é leve, fresco e agradável? Se as jóias são simples e discretas? Quem vai medir a altura das saias?”, questiona.

A farda do hospital tem um período de vida útil de 24 meses. Além das medidas, o sindicato denuncia ainda o facto de, se o trabalhador necessitar de uma nova farda antes de terminado esse período, ter de ultrapassar uma série de burocracias. Acresce ainda o facto de os custos de arranjos necessários à farda ficar a cargo de cada trabalhador.

ZAP //

Siga o ZAP no Whatsapp

10 Comments

  1. Acho muito bem. É uma pouca vergonha aquilo que se vê nos nossos hospitais. Eu até fico mais vezes doente só para ir ver aquelas médicas todas turbinadas.

  2. Finalmente uma entidade com força para estabelecer regras responsáveis, éticas e sérias. Apesar de poder haver uma ou outra regra que deveria ser melhor analisada (como o caso de uma farda ter vida útil 24 meses, o que pode não acontecer), no geral é um bom exemplo do que deveria haver neste pais.

  3. Médicas de minis sais, cheirosas e maquilhadas, até podem fazer bem a algumas maleitas de coração e sempre uma lavagem aos olhos e curar alguns males!

  4. Eu acho bem tais medidas sobretudo no que toca a mini-saias, é que assim evitam-se menos repetições de ataques cardíacos por parte dos doentes internados e os médicos aqueles que não são maricas também poderão estar mais atentos ao trabalho.

  5. Não é que eu não goste de ver uma enfermeira linda, mas quando quero ver algo mais, vou a um cabaré ou club noturno daqueles bons!

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.