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Hospitais e farmácias não têm profissionais destacados para certificarem autotestes

Tiago petinga / Lusa

Apesar de serem exigidos para entrar em hospitais ou lares, as unidades de saúde não têm capacidade de certificar os autotestes. Governo já vai pagar mais para responder ao problema.

As associações que representam as farmácias avançam que não há condições para se certificarem os autotestes à covid-19 que os utentes fazem e alertam para a necessidade de mais recursos humanos e espaços dedicados a esta verificação.

Segundo avança o JN, os hospitais também não estão a dispensar profissionais para esta tarefa, ficando os utentes responsáveis por pagar os testes ou então impossibilitados de visitar familiares internados, já que é necessário ser testado para se entrar em hospitais ou lares.

Os autotestes são admitidos para se fazer estas visitas, mas a alternativa não está a funcionar devido à falta de profissionais que os verifiquem.

A corrida que se verificou nos últimos dias aos autotestes nas farmácias devido ao aperto nas medidas que tornou a sua apresentação obrigatória também tem dificultado esta verificação e levado a que muitos utentes optem pelos testes rápidos e tenham de pagar entre 20 e 25 euros.

“Para as farmácias não é exequível fazer a certificação de autotestes”, afirma Ema Paulino, presidente da Associação Nacional de Farmácias, que lembra que são precisos espaços próprios porque os utentes não podem tirar a máscara para poderem ser testados ao balcão.

Face às dificuldades, o Ministério da Saúde anunciou que vai aumentar de 10 para 15 euros o preço pago por cada teste às farmácias, de forma a incentivar a adesão ao regime de testes comparticipados.

Mas este problema não é só das farmácias, já que os centros de saúde e os hospitais também fazem a certificação de autotestes. O JN escreve que contactou 10 unidades de saúde de média e grande dimensão e que nenhuma tinha profissionais encarregados de verificar os testes.

ZAP //

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