Calendário estranho, quando o jogo de atribuição da medalha de bronze se realiza depois da final.
A seleção dos Estados Unidos da América foi novamente campeã olímpica de basquetebol, no torneio masculino (e no feminino também). Quarto ouro consecutivo para os norte-americanos.
A França, que tinha vencido os EUA na fase de grupos, manteve o seu grande torneio olímpico e chegou à final mas, aí, perdeu por 87-82, na final realizada neste sábado em Saitama.
Mais uma vez, Kevin Durant foi o homem em destaque. O tricampeão olímpico (esteve em Londres e no Rio de Janeiro) foi o maior marcador da final, com 29 pontos. Jayson Tatum conseguiu 19 pontos e sete ressaltos.
Do lado francês, a figura Rudy Gobert chegou aos 16 pontos, mas desperdiçou mais de metade dos lances livres que teve e também protagonizou algumas perdas de bola – uma falha geral na seleção francesa, que acumulou 18 turnovers.
Mais um título para os EUA, que na história do basquetebol em Jogos Olímpicos, só deixou escapar o título em quatro edições.
Horas mais tarde, na disputa pelo bronze, a Austrália venceu a Eslovénia por 107-93.Patty Mills liderou os australianos com 42 pontos. Foi a primeira medalha da Austrália no basquetebol masculino, nos Jogos Olímpicos.
Horários trocados
Não, não nos enganámos no parágrafo anterior: a final foi realizada antes do jogo de atribuição da medalha de bronze. A luta pelo terceiro lugar fechou o calendário, às 20h de sábado.
Uma troca em relação a praticamente todos os calendários de todas as modalidades, seja em que evento for. Ainda recentemente, no futebol, tivemos a Copa América, na qual o jogo entre terceiro e quarto classificados foi marcado para a véspera da final. Normal.
Anormal foi o calendário do último dia do basquetebol masculino nos Jogos Olímpicos de Tóquio, onde a final entre EUA e França, também neste sábado, começou às 11h30 da manhã em Tóquio (4h30 da madrugada em França).
A explicação chama-se televisão: a NBC, que comandou as transmissões televisivas, praticamente agendou o jogo para a manhã de Tóquio, porque assim nos EUA ainda seria noite do dia anterior, mesmo na costa leste.
“Um horário de m…”, queixou-se Evan Fournier, internacional francês que joga pelos Boston Celtics.
Além disso, a meia-final entre França e Eslovénia terminou perto das 23h, dois dias antes. A meia-final entre EUA e Austrália terminou pouco depois das 15h, também dois dias antes.
A final feminina de basquetebol, entre EUA e Japão, também começou às 11h30 da manhã em Tóquio, no domingo. Mas aqui já seria mais expectável porque, no dia da cerimónia de encerramento, as finais de todas as modalidades realizam-se logo de manhã ou ao início da tarde. Só a cerimónia de encerramento fica para o programa noturno.