19h-20h: o horário do engate no Mercadona

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Alba / X

Cliente chega ao Mercadona para a “hora do engate”

O momento do dia em que um supermercado é mais do que um sítio para se fazer compras. Começou numa brincadeira e já origina críticas.

Quando se vai ao Mercadona, supostamente, é para se fazer compras. Mas isso mudou ligeiramente em Espanha, em Agosto.

Agora, quem vai ao Mercadona entre as 19h e as 20h é para…engatar. Procurar companheira ou companheiro.

A origem foi um vídeo publicado nas redes sociais onde, na brincadeira, a actriz e apresentadora Vivy Lin contou que perguntou ao Google qual era a melhor altura para “namoriscar” no Mercadona – e teve uma resposta: 19h-20h.

Mas a ideia começou a espalhar-se pelo país. Aparentemente, há mesmo clientes que vão ao Mercadona, mas não é para fazer compras.

A pessoa interessada numa relação pega num ananás, vira o ananás ao contrário no carrinho de compras e vai para o corredor dos vinhos. Aí, tenta encontrar outra pessoa que esteja a fazer o mesmo.

Se houver um choque entre os carrinhos de compras, está dado o primeiro “toque” da eventual relação.

Há lojas em Espanha onde, ao fim da tarde, já não há nenhum ananás à venda.

Ainda no mundo dos sinais, se o carrinho tiver chocolates ou doces, é sinónimo de intenção de um encontro de uma noite só, relação descomprometida e passageira; se houver legumes embalados, há a intenção de relação longa, séria.

Ainda há a possibilidade de se colocar gaspacho no carrinho fingindo que é por engano – também é sinal de interesse numa relação nova.

Já começaram a surgir críticas:

Também nas redes sociais, há quem apele ao boicote ao Mercadona em vez deste “disparate”. Isto porque, tal como aconteceu em Portugal, houve relatos de maus tratos aos trabalhadores da empresa em Espanha.

Gerardo Grande, presidente da comissão de trabalhadores do Mercadona, contou que há trabalhadores mais experientes a ser despedidos, pessoas a ter de deixar os filhos em algum sítio às 5h da madrugada e a ir buscá-los à meia-noite, que não há respeito por nenhuma lei, que reina a precariedade, que uma trabalhadora ficou presa até assinar um contrato e que é uma empresa imune, que silenciam o que se passa lá dentro.

ZAP //

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