O Copei, partido democrata-crsitão venezuelano, denunciou esta segunda-feira em Caracas que pelo menos 12 sedes suas foram “tomadas por homens armados”, no mesmo dia em que anunciou que subscreveria a iniciativa opositora chamada Documento pela Transição.
A denúncia foi feita pelo presidente de Copei, Roberto Enríquez, que explicou que o último ataque ocorreu em Caracas, com vários militantes e simpatizantes a ficarem retidos durante várias horas.
O dirigente, que falava numa conferência de imprensa, acrescentou que a polícia não respondeu aos alertas lançados pelo partido.
No encontro com os jornalistas, Roberto Enríquez anunciou que o Copei vai assinar o “Documento de Transição, em defesa da Constituição”, da iniciativa dos opositores António Ledezma, preso desde quinta-feira passada sob a acusação de conspiração, da ex-deputada Maria Corina Machado e de outro líder da oposição, Leopoldo López, que se encontra detido há um ano numa cadeia militar.
“Queremos anunciar ao país que os membros da direção política nacional de Copei, num ato de rebeldia cívica e de defesa da Constituição, passamos a subscrever o Documento de Transição e iniciaremos uma operação nacional de recolha de assinaturas de apoio à iniciativa”, disse.
Roberto Enríquez acrescentou que seria um “ato de cobardia imperdoável” ficar em silêncio e, dirigindo-se aos venezuelanos, apelou a que exerçam os seus direitos e obriguem a que se realizem eleições parlamentares.
No passado dia 12, os três dirigentes da oposição, Maria Corina Machado, António Ledezma e Leopoldo López, apelaram ao povo da Venezuela para que apoiem um Acordo Nacional para a Transição pacífica no país.
“A Venezuela será o que os venezuelanos façam dela, através da mudança de rumo que nós mesmos decidamos. Esse rumo estará assegurado pelos consensos e compromissos do Acordo Nacional para a Transição”, explicaram, num comunicado conjunto.
Uma semana depois agentes dos Serviços Secretos venezuelanos detiveram António Ledezma.
/Lusa