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O “segundo homem mais perigoso em Itália” foi detido ao fim de 14 anos em fuga

Marco Di Lauro, o quarto filho de Paolo Di Lauro, antigo líder da Camorra (máfia napolitana), estava fugido há 14 anos. Este sábado foi apanhado pela polícia.

Estava sentado, com os dois gatos à sua volta, a comer um prato de massa no seu modesto apartamento, no bairro de Chiaiano, no sul de Nápoles, quando a política entrou e o deteve, sem violência, numa operação que mobilizou 150 oficiais, escreve o jornal italiano Il Mattino.

A detenção foi acompanhada não só pelos media italianos, como por populares que aplaudiram as forças policiais.

Também o primeiro-ministro italiano Giuseppe Conte elogiou o desempenho da polícia na detenção daquele que descreve como sendo um “super-fugitivo”. O ministro do Interior, Matteo Salvini, considerou esta “uma operação muito importante”.

Aos 38 anos, Di Lauro era tido pelos jornais italianos como “o segundo homem mais perigoso em Itália”, depois do chefe da máfia siciliana Matteo Messina Denaro. O mandado de prisão internacional para capturar Di Lauro foi emitido em 2006 — um homem que, segundo o The Guardian, era o quarto criminoso mais procurado no país.

Este sábado, Di Lauro foi detido, depois de uma “atividade pouco usual” ter servido de pista para a polícia, como assegurou Antonio De Iesu, chefe da polícia, numa conferência de imprensa. No modesto apartamento onde Di Lauro vivia com a mulher, as autoridades encontraram uma pequena quantia de dinheiro. Não havia armas na casa.

Paolo Di Lauro, o pai do fugitivo detido este fim de semana, está preso desde 2005. Acredita-se que Marco de Lauro, que escapou às autoridades em 2004 e que poderá estar envolvido em quatro mortes em 2010, era quem estava à frente do clã Di Lauro, um dos mais poderosos da Camorra.

Pelo menos 130 pessoas morreram numa sangrenta disputa de poder depois de o clã Amato-Pagano se ter separado do clã Di Lauro. Marco Di Lauro, conhecido dentro da família pelo código F4 para “quarto filho”, tinha nove irmãos e uma irmã. Atualmente, todos estão ou na prisão ou mortos.

ZAP //

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