Os arqueólogos que encontraram estes barcos funerários dizem que esta é uma descoberta notável e indica ter-se tratado da sepultura de um homem de classe alta.
Dois barcos funerários extremamente raros foram encontrados em Uppsala, na Suécia. Um deles estava ainda intacto e continha os restos mortais em boas condições de preservação de um homem, um cão e um cavalo.
“Esta é uma escavação única. A última escavação deste tipo na Velha Uppsala foi há quase 50 anos”, diz Anton Seiler of Swedish, arqueólogo da The Archaeologists citado pelo Science Alert.
Os barcos funerários já foram encontrados um pouco por toda a Europa, sobretudo nos países escandinavos, mas isso não significa que sejam algo frequente. Aliás, os investigadores acreditam que fossem reservados apenas para altos escalões da sociedade. A adição de animais também não era incomum.
Estas sepulturas datam normalmente da Idade do Ferro, por volta de 550 E.C., até ao final da Era Viking, em 1050 E.C. Em toda a Suécia, apenas dez destes barcos funerários foram encontrados anteriormente, e nem todos nas melhores condições, por isso a nova descoberta é muito importante, especialmente quando um deles está intacto.
Os dois barcos foram encontrados na Velha Uppsala, também chamada de Gamla Uppsala, por acidente. A equipa de arqueólogos estava a trabalhar no local de um novo vicariato em construção e, após terem escavado um poço medieval e uma cave, alguém viu uma das sepulturas do barco a aparecer por baixo de uma estrutura mais recente.
Os arqueólogos precisaram de um mês para escavar e chegar aos dois barcos. Um estava significativamente danificado, provavelmente por causa da construção da cave por cima dele, no século XVI.
Além do homem e dos animais encontrados na sepultura intacta, também foram descobertas armas – uma espada, um escudo e uma lança – bem como um pente ornamentado e madeira e pregos do próprio barco.
“É extremamente entusiasmante para nós ter encontrado esta sepultura, uma vez que estes barcos funerários são raramente encontrados. Agora podemos usar a ciência moderna e outros métodos para gerar novos resultados, hipóteses e respostas”, diz Seiler.
Enquanto isso, partes desta descoberta vão estar em exposição no Museu de Gamla Uppsala e no Museu de História Sueco, em Estocolmo.