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Hipopótamos de Escobar continuam a dar problemas à Colômbia – e o abate é solução

Os hipopótamos africanos que Pablo Escobar importou ilegalmente para o seu jardim zoológico na Colômbia continuam a reproduzir-se descontroladamente e a dar problemas ao país. O Ministério do Ambiente colombiano vai “sacrificar” alguns dos animais desta espécie invasora e mandar outros para fora do país.

Na década de 1980, Pablo Escobar decidiu importar ilegalmente hipopótamos, nativos da África Subsariana, para o seu jardim zoológico privado, na Colômbia.

Em 1993, quando Escobar foi apanhado e morto pelas autoridades, a maioria dos animais do “zoo” foi realojada – menos os hipopótamos, que eram demasiado teimosos e agressivos e, portanto, não puderam ser transferidos.

Os mamíferos continuaram a viver nos terrenos da antiga propriedade de Escobar e formaram uma população selvagem em torno dos lagos próximos e do rio Magdalena, o principal rio da Colômbia.

A espécie foi-se reproduzindo e, em algumas décadas, os hipopótamos passaram de quatro para 166.

Conforme a população crescia, os problemas relacionados com a espécie apareciam. Em 2021, houve registo de dois ataques a humanos, de hipopótamos descendentes da linhagem trazida por Pablo Escobar.

Na altura, para tentar evitar novos problemas relacionados com os hipopótamos, as autoridades locais iniciaram um processo de esterilização em massa dos animais. No entanto, a estratégia não funcionou conforme o planeado, sendo logo descontinuada.

O abate é solução

Em março deste ano, surgiu a ideia de enviá-los para outros locais do planeta, onde não colocariam nenhuma vida humano em risco, mas, agora, a Colômbia informou vai eutanasiar alguns hipopótamos de Pablo Escobar.

De acordo com a ministra do Ambiente colombiana, proceder-se-á ao abate de, pelo menos, 20 animais da espécie, ainda este ano.

Além disso, outros hipopótamos serão enviados para o México, Índia e Filipinas.

Especialistas alertaram que, se nada for feito, a população invasora de hipopótamos na Colômbia pode chegar a 1000, até 2035.

Os hipopótamos estão entre as espécies mais perigosas do mundo, e a reprodução descontrolada representa uma ameaça, tanto para a população humana local, como para a vida selvagem.

ZAP //

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