Harper Lee, autora do clássico To Kill a Mockingbird, edita segundo romance 55 anos depois

A escritora norte-americana Harper Lee, de 88 anos, editará no verão de 2015 um novo romance, mais de meio século depois da estreia literária, “Mataram a cotovia” (“To Kill a Mockingbird”), anunciou a editora Harper Collins.

O romance, que sairá em julho, intitulado “Go set a watchman“, foi na verdade escrito por Harper Lee nos anos 1950 e só recentemente descoberto.

A editora descreve-o como uma sequela de “To Kill a Mockingbird”, por incluir muitas das personagens do primeiro romance: “É uma narrativa empolgante e comovente, sobre a relação entre um pai e uma filha, e sobre a vida deles numa pequena cidade do Alabama, durante as tensões raciais dos anos 1950”.

Harper Lee publicou “To Kill a Mockingbird” em 1960, um romance sobre racismo e preconceito nos anos da Grande Depressão, nos Estados Unidos. O livro conta a história de um advogado que defende um homem negro acusado de violar uma jovem branca.

O romance foi um sucesso, valeu o Prémio Pulitzer à autora, faz parte das leituras recomendadas nas escolas e está traduzido em mais de quarenta línguas.

Em Portugal, o livro foi publicado pela primeira vez em 1964, mas já teve várias edições e diferentes traduções: “Por favor, não matem a cotovia”, “Não matem a cotovia” e a mais recente “Mataram a cotovia“.

Harper Lee já disse estar “sensibilizada e maravilhada” com a decisão da publicação de “Go set a watchman”, porque a autora desconhecia que o romance tivesse sobrevivido tantas décadas.

Jonathan Burnham, vice-presidente da Harper Collings, descreve o lançamento como “um extraordinário evento literário” e um “presente para os muitos fãs e leitores de ‘To Kill a Mockingbird’”.

O romance deu origem ainda a um filme, em 1962, “To Kill a Mockingbird” (“Na sombra e no silêncio“, em Portugal), de Robert Mulligan, protagonizado por Gregory Peck e Mary Badham, que interpreta o papel de sua filha.

A primeira edição de “Go set a watchman” vai ter uma tiragem de dois milhões de exemplares e edição em ebook, de acordo com a informação divulgada pela editora.

/Lusa

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