Hamburguer “Anne Frank” com queijo “Adolfo”. Restaurante de fast-food sob fogo

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Um restaurante argentino viu-se no centro de uma polémica ao lançar um menu com produtos com nomes inspirados em Hitler, Mao Zedong, Mussolini ou Anne Franl.

Um restaurante de fast-food na pequena cidade de Rafaela, na Argentina, chamado Honky Donky, causou indignação ao oferecer produtos com nomes inspirados em Adolf Hitler, Anne Frank, Mao Zedong e Benito Mussolini.

As seleções controversas incluíram batatas fritas com queijo e bacon chamadas “Adolf” e um hambúrguer “Anne Frank”. A polémica começou com as críticas da Comunidade Judaica de Rafaela, que manifestou a sua “desaprovação e indignação sinceras” no Facebook, exigindo a mudança de nomes dos dos itens que faziam referência a Hitler, Mussolini e Anne Frank do menu.

Ariel Rosenthal, um representante da comunidade, revela que os proprietários foram alertados para os nomes insensíveis em março e prometeram mudar o menu, mas não o fizeram, escreve a Vice.

“Não percebemos o atraso em fazê-lo. Lamentamos profundamente este incidente e esperamos que seja um assunto que será refletido”, afirma Rosenthal.

Após a reação, o Honky Donky pediu desculpas no Instagram e anunciou que os itens controversos seriam renomeados em homenagem a “defensores da paz e dos direitos humanos”, como Mahatma Gandhi, Martin Luther King, Dalai Lama, Barack Obama, Madre Teresa, Nelson Mandela, Mikhail Gorbachev e Papa João Paulo II.

O incidente trouxe atenção para a história problemática da Argentina com a Alemanha nazi, onde muitos ex-membros do Terceiro Reich se refugiaram após a derrota na Segunda Guerra Mundial. Alguns acreditam que os funcionários argentinos ajudaram nas rotas de fuga de ex-oficiais nazis e há até teorias da conspiração que afirmam que Hitler não se suicidiou e terá fugido para a nação das pampas.

Nos últimos anos, a ideologia nazi tem ressurgido em partes da América do Sul. Já houve até incidentes violentos, como um tiroteio numa escola cometido por um ex-aluno com símbolos nazis no Brasil, que causou quatro mortes. Também já foram relatados casos de glorificação do nazismo na Colômbia, México e Peru.

ZAP //

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