Haitham Imad / EPA

Abastecimentos alimentares estão agora “completamente esgotados” em Gaza. “Não vale a pena examinar novas propostas de cessar-fogo enquanto a guerra da fome e a guerra de extermínio na Faixa de Gaza continuarem”, diz Hamas.
Um alto funcionário do Hamas disse esta terça-feira que o grupo palestiniano considera inúteis, nesta fase, as negociações para uma trégua em Gaza, e apelou ao mundo para pressionar Israel a pôr fim à “guerra da fome” no enclave.
“Não vale a pena iniciar negociações ou examinar novas propostas de cessar-fogo enquanto a guerra da fome e a guerra de extermínio na Faixa de Gaza continuarem”, declarou à agência France-Presse (AFP) Bassem Naïm, membro do gabinete político do Hamas.
“O mundo deve pressionar o Governo de Netanyahu para pôr fim aos crimes de fome, sede e assassínio” em Gaza, acrescentou.
As declarações do funcionário do Hamas surgem um dia depois de o Governo israelita ter anunciado uma nova campanha militar na Faixa de Gaza, que prevê a “conquista” do território e a sua “ocupação”.
O exército israelita retomou a ofensiva no enclave a 18 de março, pondo fim a uma trégua de dois meses.
A Faixa de Gaza, onde os habitantes foram deslocados várias vezes, está sob um bloqueio de Israel desde 2 de março e atravessa uma grave crise humanitária.
Quase todos os 2,3 milhões de residentes de Gaza foram deslocados várias vezes desde que Israel iniciou a sua ofensiva contra o enclave palestiniano.
Os palestinianos estão “a lutar para encontrar comida para alimentar os seus filhos”, reporta Hind Khoudary, da Al Jazeera, esta quinta-feira. Alguns, os que encontram alimento, são “forçados a comer alimentos expirados ou podres”, numa altura em que os abastecimentos alimentares em Gaza estão agora “completamente esgotados” em todo o lado, segundo a Sociedade do Crescente Vermelho Palestiniano (PRCS).
Das 251 pessoas raptadas pelo Hamas a 7 de outubro, 58 continuam em Gaza, 34 das quais foram declaradas mortas pelo exército israelita. O Hamas mantém também os restos mortais de um soldado israelita morto durante uma guerra anterior em Gaza, em 2014.
Por outro lado, a campanha de retaliação israelita fez pelo menos 52.567 mortos em Gaza, a maioria civis, segundo dados do Ministério da Saúde do Hamas, considerados fiáveis pela ONU.
ZAP // Lusa
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Hipócritas…. Os mesmo que andam a roubar ajuda humanitária para a vender a população… Os mesmo que iniciaram esta confusão toda… Os mesmo que pagaram 10 mil dólares por cada israelita levado como refém… Os mesmo que ocuparam instalações civis como bases militares… Os mesmo que querem o genocídio e dominação global…. Os mesmo que se esconderam em túneis e deixaram a população ser bombardeada…. Os mesmo que bloquearam a saída da população das zonas quem lançavam “tubos voadores” para maximizar as baixas civis…