Hamas quis dar a sua versão dos factos. Ataque a Israel foi “passo necessário e resposta normal às conspirações israelitas”, mas talvez tenham sido cometidos erros, admite o grupo islamita.
O movimento islamita Hamas afirmou este domingo que o ataque de 7 de outubro contra Israel foi “um passo necessário” e “uma resposta normal” às “conspirações israelitas contra o povo palestiniano”, admitindo erros durante a ação, que matou 1.140 pessoas.
Num comunicado divulgado e citado pela agência France-Presse (AFP) este domingo o Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) referiu que no “caos” em torno da fronteira entre Israel e a Faixa de Gaza, “talvez tenham sido cometidos erros”.
O grupo islamita, considerado terrorista pela União Europeia, EUA e Israel, negou ter visado civis, exceto “por acidente e durante os confrontos com as forças de ocupação”.
Neste documento de quase 20 páginas, o primeiro do género, o Hamas afirma querer dar a sua “versão dos factos”.
“Podem ter sido cometidos erros na execução da operação ‘Inundação de al-Aqsa’, devido ao súbito colapso do aparelho militar e de segurança ao longo da fronteira entre Israel e a Faixa de Gaza”, afirma o movimento islamita, no poder na Faixa de Gaza desde 2007.
“Evitar ferir os civis, em particular as crianças, as mulheres e os idosos, é uma obrigação religiosa e moral dos combatentes das brigadas al-Qassam”, sublinha, referindo-se ao seu braço armado.
“Decidimos dizer basta”, lia-se numa mensagem divulgada no sábado de 7 de outubro de Muhammad Al-Deif, comandante militar do Hamas, a convocar um levante geral contra Israel.
“Se tens uma arma, usa-a. Esta é a hora de a usar. Sai à rua com camiões, com carros, machados. Hoje começa a melhor e mais honrosa história”, apelou aos palestinianos quando anunciou que o Hamas havia iniciado a operação “Tempestade Al-Aqsa” e “alvejado as posições inimigas, aeroportos e posições militares com 5.000 foguetes”. Milhares de foguetes foram lançados e milicianos armados entraram por terra, mar e ar.
O ataque sem precedentes fez 1.140 mortos, na sua maioria civis, segundo uma contagem da AFP baseada em dados oficiais israelitas, incluindo mais de 360 festivaleiros em Reim.
Israel está atualmente a investigar relatos de violência sexual cometidos por militantes do Hamas durante o ataque. Cerca de 250 pessoas foram feitas reféns nestes ataques e, segundo Israel, 132 pessoas continuam cativas na Faixa de Gaza — 27 das quais morreram, de acordo com uma contagem da AFP baseada em números oficiais israelitas.
Futuro de Gaza na mão dos palestinianos
O Hamas exigiu ainda o fim da “agressão israelita” em Gaza e declarou que só o povo palestiniano deve decidir o futuro do território.
“Rejeitamos categoricamente qualquer plano internacional ou israelita para decidir o futuro da Faixa de Gaza”, declarou o movimento palestiniano. Para o Hamas, “o povo palestiniano tem a capacidade de decidir o seu futuro e organizar os seus assuntos internos” e “ninguém no mundo” tem o direito de decidir por ele.
O Movimento de Resistência Islâmica (Hamas), considerado terrorista pela União Europeia, EUA e Israel, no poder no enclave palestiniano desde 2007, apela ainda ao “fim imediato da agressão israelita em Gaza e dos assassínios e limpeza étnica cometidos contra toda a população de Gaza”.
ZAP // Lusa
Acho que seria relevante colocarem o link do comunicado para podermos ler e verificar os factos, pois nada aparece na internet sobre este comunicado.
E mantêm crianças reféns também “por acidente”???
«Erro» em que sentido: muitos? poucos? nenhuns? talvez? É perguntar ao Guterres!
Sim foi um erro, dezenas de milhares de palestinianos morreram por esse erro, mais de um milhar de israelitas foram simplesmente assassinados. toda a população de Gaza está a pagar esse erro. Mas será uma lição que os palestiniamos e outros grupos terroristas aprenderam. O castigo para esta gente tem de ser mesmo assim, desproporcional, para que da proxima vez que o Hamas ou outros parecidos disserem “Se tens uma arma, usa-a. Esta é a hora de a usar. Sai à rua com camiões, com carros, machados. Hoje começa a melhor e mais honrosa história”, em vez de seguirem os terroristas cegamente pensem no seu futuro. Fizeram o que o Hamas pediu e estão a pagar o preço. A justiça esta a actuar. No meio morrem inocentes, mas acredito que a sua maioria por danos colaterias e por estarem a ser usados como escudos humanos pelo Hamas e não barbaramente assassinados como foi feito no 7 de Outubro
patetas