A investigação concluiu que os adultos mais velhos que usam regularmente a internet têm um risco de demência cerca de 50% menor.
Um estudo inovador recentemente publicado no Journal of the American Geriatrics Society revela que o uso regular da internet entre os adultos mais velhos pode reduzir significativamente o risco de demência.
O estudo longitudinal analisou dados de 18 154 participantes com idades entre 50 e 65 anos ao longo de um período médio de 8 anos.
Os investigadores descobriram que os utilizadores regulares da internet tinham aproximadamente metade do risco de desenvolver demência em comparação com os não utilizadores, mesmo após ajustar variáveis como educação, etnia, sexo e sinais iniciais de declínio cognitivo.
A pesquisa mostrou que o risco de demência para utilizadores regulares da internet era de apenas 1,54%, em comparação com uns impressionantes 10,45% em não utilizadores regulares.
Para aqueles sem sinais de declínio cognitivo, o risco para os utilizadores frequentes era 62% do risco para os não utilizadores. Curiosamente, o menor risco foi observado entre adultos que usavam a internet entre 6 minutos e 2 horas por dia, relata o PsyPost.
O estudo aponta para uma “divisão digital” na saúde cognitiva entre adultos mais velhos. Esta pesquisa vem também dar credibilidade a estudos anteriores que mostraram um melhor desempenho cognitivo, melhor raciocínio verbal e memória aprimorada entre os utilizadores da internet.
No entanto, o estudo não está isento de limitações. A avaliação da demência pode não se alinhar perfeitamente com diagnósticos clínicos, e a amostra excluiu aqueles que desenvolveram demência precocemente. Mas a robustez das conclusões é difícil de ignorar.
“As nossas conclusões mostram evidências de uma divisão digital na saúde cognitiva de adultos de idade mais avançada.
Especificamente, os adultos que usavam regularmente a internet tinham aproximadamente metade do risco de demência,” concluíram os autores.
O estudo não só reitera o valor do uso da internet como uma ferramenta de envolvimento cognitivo, mas também frisa a necessidade de mais pesquisas para explorar estas correlações.
Não há dúvida que há uma forte influência, tal como a melhor forma de não morrer é manter-se vivo.
Vou já mandar pôr a internet em casa!