Há uma forma muito simples de evitar a próxima pandemia

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(cv) Jaber Belkhiria/UC Davis

A covid e a ébola são dois exemplos de vírus diretamente ligados a morcegos. A prevenção de futuras pandemias requer uma mudança na forma como interagimos com estes mamíferos. Proteger os habitats dos morcegos e evitar a sua caça e consumo são as formas mais simples de evitar a próxima pandemia.

As origens da covid e do surto anterior de coronavírus SARS, em 2003, estão ligadas a vírus de morcegos.

Independentemente de como ocorreu a transmissão inicial para os humanos, é fundamental focarmo-nos em medidas preventivas, como alerta este artigo da Undark.

Os morcegos hospedam uma diversidade de vírus, incluindo aqueles que causam doenças como o da ébola.

A proximidade humana com os morcegos, agravada por atividades como a caça, o consumo, o comércio e até a exploração turística de grutas, aumenta o risco de infeção.

A expansão de atividades humanas em territórios de morcegos, acompanhada de desflorestação, leva a uma interação mais frequente com estes animais.

A solução é… deixar os morcegos em paz

Um novo estudo publicado em junho, na The Lancet Planetary Health, apela para que os governos adotem uma abordagem mais respeitadora em relação aos morcegos.

A solução sugerida é evidente: os morcegos devem ser deixados em paz nos seus habitats naturais. Ao proteger e respeitar estes habitats, reduzimos a possibilidade de futuras pandemias.

Além disso, os morcegos desempenham funções ecológicas essenciais, como o controlo de pragas e a polinização, que têm um valor económico substancial.

Enquanto organizações como a Organização Mundial de Saúde enfatizam a preparação e resposta a pandemias, é crucial abordar o problema na sua origem.

Restaurar a relação entre humanos e natureza, particularmente morcegos, é um passo crucial nesta direção.

Medidas a tomar e cuidados a ter

De acordo com a Undark Magazine, os EUA interromperam investigações que envolviam recolha de vírus de morcegos devido a preocupações de biossegurança.

Para evitar futuros surtos, é fundamental reavaliar as interações humanas com os morcegos.

Propõe-se ainda a suspensão da caça, do consumo e do comércio de morcegos, bem como a proteção dos seus habitats.

A implementação destas medidas, embora possa ter custos iniciais, é mínima comparada ao impacto económico de outra pandemia.

Como escreveram os especialistas Steve Osofsky e Susan Lieberman, há quatro anos, o mundo já sabia o suficiente, mas falhou em agir. Agora, com ainda mais experiência, cair nos mesmo erros será imperdoável.

ZAP //

2 Comments

  1. Em outubro sabiam?? porque não avisaram logo?? só três meses depois, depois de ter morrido um amontoado de gente é que se avisa que é preciso cuidado! “É ver para querer como São Tomé” que falta de inteligência! Tirem a máscara que já não é preciso! Olhem afinal era preciso, porque já morreram dez mil… Afinal em que ficamos, pomos a máscara ou tiramos a máscara?! Como é que querem governar o país, se são incapazes de resolver as situações mais importantes!!

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