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Há um problema de saúde pública no aeroporto Sá Carneiro

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Manuel de Sousa / Wikimedia

Aeroporto Francisco Sá Carneiro, no Porto

Sem-abrigo com quartos improvisados dentro das instalações do aeroporto do Porto desde o início do ano. ANA só agora começou a enfrentar o problema “por questões de saúde pública”.

O Aeroporto Francisco Sá Carneiro tem vindo a tornar-se cada vez mais um refúgio improvisado para dezenas de sem-abrigo.

Os “quartos” improvisados dentro do aeroporto do Porto, denunciados pelo JN em fevereiro, estarão agora a ser enfrentados pela autoridade responsável pelos aeroportos portugueses, ANA, que decidiu intervir e limpar as áreas devido a problemas de saúde pública.

Vários espaços estariam a ser usados para consumo de droga e como instalações sanitárias improvisadas. Se antes a ANA não respondeu aos pedidos de esclarecimento do JN, e a situação manteve-se praticamente inalterada até ao início deste mês, mas recentemente a gestora dos aeroportos começou a realizar limpezas regulares.

Um aviso afixado em diversas portas do aeroporto explica que, desde o dia 10 deste mês, “por questões de saúde pública”, a empresa iniciou a “limpeza frequente destas áreas” e que quaisquer objetos abandonados seriam recolhidos e deitados ao lixo.

Após as limpezas, os espaços ficaram livres, mas há relatos de que alguns voltam após a higienização dos locais. A resposta dada a estas pessoas em termos de apoio social não foi esclarecida.

A Divisão de Segurança Aeroportuária e Controlo Fronteiriço do Comando Metropolitano do Porto da PSP confirmou à Câmara da Maia que, em fevereiro, havia 51 pessoas a usar o aeroporto como local de permanência e pernoita.

A autarquia esclareceu que “apenas quatro tinham ligação ao concelho da Maia”, estando sob o acompanhamento dos serviços de ação social da Câmara: “Dois encontram-se a residir com familiares, um está com a companheira na Trofa, e um quarto está em paradeiro desconhecido”, informou um representante ao JN.

Fernando Paulo, responsável local, defende a necessidade de uma “convergência de esforços” para resolver a situação: “Se cada um dos municípios cumprir a sua parte, todos em conjunto podemos diminuir o número de pessoas que vivem em grandes vulnerabilidades”, concluiu. A ANA voltou a não responder ao JN.

ZAP //

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5 Comments

  1. Ofereçam trabalhos a essas pessoas. Limpeza, por exemplo. Ou carregamento de bagagens. Se tiverem um trabalho, talvez consigam um alojamento digno.

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  2. Quem os meteu em Portugal foi Marcelo e os principais partidos presentes na assembleia da república. Esqueceram-se de os levar para casa deles.

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  3. Porque existe falta de polícia! Se pagassem melhores salários, já não havia falta. E mudassem as leis, dar força há polícia. Os dilinquentes chegam aos tribunais , passa a inquérito. E daí a três anos é o julgamento. Pena suspensa e já está. País das bananas, como dizem os estrangeiros.

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