Há vários fatores que podem contribuir para o fim de um casamento, mas um investigador norte-americano diz ter encontrado os quatro mais importantes.
Nos Estados Unidos da América, estima-se que 2,5 em mil pessoas peçam o divórcio anualmente, com as causas do mesmo a divergirem. Mesmo assim, os psicólogos não se cansam de escrutinar e tentar identificar os fatores comportamentais que tendem a influenciar o fim de um casamento.
John Gottoman, professor de Psicologia da Universidade de Washington, é um dos especialistas que se tem focado na questão, aperfeiçoando as previsões de divórcio e dicas de estabilidade matrimonial. No livro publicado em 1993, o especialista destaca os principais problemas de comunicação que podem antecipar se uma relação está, ou não, condenada ao fracasso. São eles:
- Desprezo: Não levar a sério as preocupações do parceiro, muitas vezes expressas através de atitudes como insultos, sarcasmo, humor hostil, revirar dos olhos, ou gozo;
- Crítica: ataques persistentes ao carácter, crenças, personalidade, aparência, ou ações do parceiro;
- Agir na defensiva: Não assumir a responsabilidade quando confrontado com críticas ou conselhos;
- Evitar problemas: Fugir à comunicação, ignorando ou fingindo que se está ocupado.
De acordo com John Gottoman, estes são os “Quatro Cavaleiros do Apocalipse”. Baseando-se em sete estudos que envolveram centenas de casais, o investigador aponta que é possível prever com 90% de certezas que casais se iriam divorciam e quais permanecem juntos. Para além dos traços de personalidade, estes quatro fatores parecem desempenhar um papel importante no sucesso de uma relação.
Segundo informações que constam do seu site, os casais que tinham os “Quatro Cavalos” divorciaram-se em média 5,6 anos depois do casamento, enquanto os que apresentavam uma quebra emocional demoravam 16,2 anos. Os estudos indicam que o fator mais importante é o desprezo. No entanto, também já foram desenvolvidos mecanismos para contrariar este indicador fatal.
A curto prazo, o desprezo pode ser atenuado quando as pessoas expressam os seus sentimentos e necessidades sobre qualquer questão. As pessoas devem tentar evitar usar a expressão “tu”, o que pode fazer com que os parceiros se sintam culpados ou atacados. A longo prazo, também é importante desenvolver uma cultura de carinho e admiração mútuos.
Tal como lembra o IFL Science, o divórcio não é um fenómeno para o qual contribuam causas unicamente psicológicas. É preciso ainda considerar questões culturais, económicas e legais.
