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Há quase 300 mil casas sem acesso a rede pública de água

900 mil casas não têm rede pública de água. Na maioria dos casos, é uma opção do proprietário. O maior défice na cobertura é no Alentejo e Algarve.

Mais de 600 mil proprietários em Portugal Continental escolhem não ter água potável em casa, diz um estudo da Associação Portuguesa de Distribuição e Drenagem de Águas (APDA), citado pelo JN.

Mas são cerca de 874 mil habitações que estão sem ligação à rede de água potável e mais de 1,3 milhões de lares não têm qualquer tipo de saneamento.

Em Portugal Continental há cerca de 5,7 milhões de casas e, segundo a APDA, ao contrário dos proprietários que escolhem não ter o serviço, existem 272 mil casas que não têm mesmo acesso a ele.

Quem tem mais acesso a água são os habitantes de Coimbra (89,5%). E onde o défice de cobertura é pior é nas regiões do Alentejo (9,4%), onde onde 19,9% das casas não têm sequer acesso ao serviço, e do Algarve (9,5%).

Já no Norte e no Centro, apesar do défice de cobertura ser mais baixo, o número de alojamentos que optou por não ter abastecimento de água potável é mais alto (19,8% e 14,7% respetivamente).

De acordo com o JN, a sub-região do Tâmega e Sousa é a que exibe dados mais preocupantes, uma vez que menos de metade das casas são servidas por água potável (45%).

Quanto ao número de casas que têm a rede de saneamento disponível e que, ainda assim, optaram por não se ligar ao serviço, a taxa é maior no Norte (10,5%) e no Centro (12,2%).

No Alentejo, a falta de adesão à água potável pode dever-se ao aumento do preço, já que foi a região onde a subida mais se fez sentir entre 2022 e 2023 (7,12%)

Mas no país inteiro essa subida fez-se notar: “em 2023, para um consumo de 120 metros cúbicos, o encargo médio por cliente e por ano foi de 121,25 euros registando um acréscimo de 2% comparativamente a 2021”, escreve o JN.

Como explica o estudo, que foi apresentado esta quinta-feira no colóquio “A Economia do Setor da Água — Realidade e Planeamento”, em Viana do Castelo, também as Entidades Gestoras que distribuem a água têm vindo a diminuir os pacotes familiares e sociais.

ZAP //

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