Os valores envolvidos nas transferências de Rafael Pereira e Francisco Ribeiro do FC Porto para o Vitória SC têm gerado polémica. Rui Pinto pede uma investigação.
Rafael Pereira e Francisco Ribeiro são reforços do Vitória de Guimarães vindos do FC Porto, por 4 milhões e 11 milhões de euros respetivamente. A divulgação dos valores envolvidos nos negócios realizados no último mercado de transferências apanhou tudo e todos de surpresa.
‘Rafa’ Pereira, como é conhecido, é um médio de 20 anos e assinou um contrato válido até 2024. Esta temporada já participou em dois jogos pelo Vitória SC na Liga 3.
Francisco Ribeiro, de apenas 18 anos, também assinou um contrato válido até 2024. O médio ingressou na equipa sub-23 dos vimaranenses.
Os valores dos negócios foram revelados pelo jornal Record, que teve acesso ao Relatório e Contas 2020/21 da SAD vitoriana.
Em sentido contrário, dois jovens minhotos transferiram-se para o FC Porto no último mercado de transferências: Romain Correia, central de 22 anos, e João Mendes, lateral-esquerdo de 21 anos. Os valores envolvidos são ainda desconhecidos, mas poderão ser semelhantes.
“A confirmar-se, estas negociatas entre Vitória SC e FC Porto terão de ser devidamente investigadas. E somam-se a outras transações dúbias ocorridas em anos anteriores, inclusivamente com intermediações não declaradas à FPF, em que intervieram agentes muito próximos do FC Porto”, escreveu Rui Pinto no Twitter.
A confirmar-se, estas negociatas entre Vitória SC e FC Porto terão de ser devidamente investigadas. E somam-se a outras transacções dúbias ocorridas em anos anteriores, inclusivamente com intermediações não declaradas à FPF, em que intervieram agentes muito próximos do FC Porto. https://t.co/OfxraTGFNX
— Rui Pinto (@RuiPinto_FL) September 21, 2021
Convidado a falar sobre os negócios, Paulo Reis Mourão, professor do Departamento de Economia da Universidade do Minho, argumentou que não parece haver irregularidades.
“Dá a entender que há uma troca ao jeito de ‘toma lá dá cá’, em que não há ganhos nem perdas financeiras, quer de um lado, quer do outro. Também mostra que há uma relação estratégica entre as sociedades. Creio que estes negócios podem ser assim interpretados”, explicou o professor universitário.