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Guerreiro enterrado há 2.600 anos era, afinal, uma menina amazona

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Vladimir Semyonov, M.O. Mashezerskaya

Sepultura da guerreira encontrada.

Aquele que se pensava ser um guerreiro enterrado há 2.600 anos era, afinal, uma menina amazona de 12 anos. Técnicas atuais permitiram identificar corretamente o sexo do cadáver.

Em 1988, uma equipa de arqueólogos encontrou restos mortais parcialmente mumificados de um jovem guerreiro enterrado naquilo que é hoje a República de Tuva, na Rússia. Os investigadores acreditaram que se tratava de um jovem rapaz, mas agora, 32 anos mais tarde, sabe-se que este guerreiro era, na realidade, uma menina de 12 anos.

Graças a uma nova tecnologia, a mesma equipa de investigadores revelou que os restos mortais encontrados podem pertencer a uma guerreira amazona. As amazonas eram as integrantes de uma antiga nação de mulheres guerreiras da mitologia grega. A primeira referência na literatura helénica aconteceu na obra “Ilíada”, de Homero, no século VIII a.C. O autor grego descreveu-as como “o oposto do homem”.

Dentro do túmulo, que se estima ter cerca de 2.600 anos, foram encontrados vários tipos de flechas. Além disso, estavam também vários outros objetos tipicamente reservados para guerreiros honrados, escreve o All That’s Interesting.

“Recentemente, tivemos a oportunidade de realizar testes para determinar o sexo, idade e afiliação genética do guerreiro enterrado”, disse a líder da equipa de cientistas, Marina Kilunovskaya, em declarações ao The Siberian Times. “Concordamos com prazer e obtivemos um resultado muito impressionante”.

A análise paleogenética dos ossos revelou que o cadáver do guerreiro foi identificado erroneamente como masculino. Estima-se ainda que a idade da guerreira seja entre os 12 e os 13 anos.

“Os resultados do sequenciamento do genoma, que mostraram que uma jovem foi enterrada num caixão de madeira, foram inesperados“, disse Kilunovskaya. “Isto abre um novo aspeto no estudo da história social da sociedade cita e involuntariamente remete-nos para o mito das Amazonas que sobreviveram graças a Heródoto”.

ZAP //

4 Comments

  1. ” Homero, no século XVIII a.C. O autor grego descreveu-as como “o oposto do homem”.
    Não estão enganados no século?

  2. A história tem apresentado os guerreiros sempre no masculino. A nova arqueologia está a descobrir que afinal houve muitas mulheres guerreiras no passado, esqueletos que se pensava ser de homens afinal são de mulheres guerreiras. Vai ter que se reescrever a História.

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