A ameaça de sanções por parte dos EUA obriga Pequim a mostrar a Washington o seu poderio militar, afirmou o analista militar Minnie Chan em entrevista à edição chinesa South China Morning Post.
Devido ao recente elevar de tensões provado pela guerra comercial entre a China e os EUA, na quinta-feira, a China iniciou manobras navais de grande escala em resposta aos exercícios militares de três porta-aviões da Frota dos EUA, planeados para esta região.
No total, mais de 40 navios das Frotas do Norte, do Leste e do Sul participaram nas manobras chinesas.
De acordo com as declarações do especialista militar Minnie Chan ao South China Morning Post, os treinos mostram a determinação do país asiático em defender os seus interesses económicos.
No entanto, um outro analista militar, Zhou Chenming, citado pelo mesmo jornal, considera que “a China quer demonstrar ao mundo o seu compromisso com a defesa dos resultados das reformas económicas alcançadas nos últimos 40 anos”.
O mesmo especialista ressaltou também que “para os EUA, bem como para a China, o poderio militar é uma das ferramentas do governo para defender os interesses nacionais”.
No dia 3 de abril, o Escritório do Representante de Comércio dos EUA (USTR) anunciou que aplicaria tarifas sobre as importações de 1,3 mil produtos chineses, num valor total de 50 mil milhões de dólares – o que equivale a cerca de 40 mil milhões de euros.
Dois dias depois, o presidente norte-americano, Donald Trump, afirmou estar disposto a aumentar as tarifas até 100 mil milhões de dólares, o equivalente a 81 mil milhões de euros. Por sua vez, o Ministério do Comércio da China anunciou a introdução de tarifas aduaneiras contra 128 produtos provenientes dos EUA.
Quando os EUA anunciaram a imposição de tarifas sobre produtos chineses, disseram que a União Europeia ficava fora da guerra comercial, ainda que apenas com caráter “temporário”.
ZAP // Sputnik News / South China Morning Post
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Isto não vai correr bem.