O presidente da Câmara de Sisco, na ilha da Córsega, proibiu a utilização do “burkini”, um traje de banho islâmico, nas praias do concelho – à semelhança dos municípios Villeneuve-Loubet e Cannes, no sul de França.
A decisão dos autarcas surgiu após um incidente, que ocorreu no sábado, quando um grupo de turistas tentou fotografar mulheres de “burkini”, na praia de Sisco.
Os conflitos entre os jovens da ilha e as famílias de origem estrangeira causaram cinco feridos, inclusive uma mulher grávida, e três carros foram incendiados.
Ange-Pierre Vivoni, presidente da Câmara de Sisco, afirmou que a decisão não foi tomada “contra a religião muçulmana, mas para evitar que o fundamentalismo se propague”.
“Não sou racista, quero proteger a população da minha região, nomeadamente a população muçulmana, porque penso que são as primeiras vítimas destas provocações extremistas”, disse.
O autarca sublinhou ainda que está preparado para defender a sua decisão “com unhas e dentes“.
Segundo o Nice Matin, três mulheres – de 29, 32 e 57 anos – foram já obrigadas pagar 38 euros de multa pelo uso do “burkini” nas praias de Cannes.
Outras seis mulheres que tomavam banho “demasiado cobertas” receberam advertências, mas optaram por abandonar a praia ou mudar de traje, segundo disse ao jornal o chefe da polícia municipal, Yves Daros.
As autoridades locais justificam que a proibição do “burkini” é uma questão de segurança, considerando que o fato de banho muçulmano demonstra “a pertença a uma religião, numa altura em que a França e os seus locais de culto religioso são alvos de ataques terroristas, [o que] pode provocar distúrbios da ordem pública”.
Num artigo do Huffington Post, a escritora Ikram Ben Aissa afirmou que as decisões dos autarcas franceses sugerem que “as mulheres muçulmanas que escolhem usar o véu e cobrir os seus corpos são símbolos de grupos extremistas como o Estado Islâmico, e, portanto, são inimigas da França.”
“Não é tolerável aceitar a ideia de que usar um véu e decidir mostrar o que queremos do nosso corpo é uma prova de fanatismo“, sublinhou.
Em 2010, a França introduziu a proibição do uso em locais públicos do nicabe (que cobre todo o corpo e deixa de fora apenas os olhos) e da burca (roupa que cobre a mulher da cabeça aos pés).
BZR, ZAP
Cada um seja o que quiser, mas em sua casa, não na casa dos outros.
Até porque nas casas (entenda-se países) deles, ai de quem não seja igual a eles! Prisão, chicotadas e humilhação pública.
Na praia não podemos andar vestidos e bem protegidos do Sol, com chapéu, óculos, t-shirts? Se admitimos o nudismo e o topless nas praias porque não admitir outras formas de “ir a banhos”? Perdemos tempo com formas diversas de outro fundamentalismo.
Pois é mas, a questão não é bem essa. A questão é que, se nós formos ao país desta gente temos que respeitar as regras deles, ou seja, se lá, eu como homem tiver de vestir fato comprido pra ir a banhos e a minha mulher tiver de vestir burka para o mesmo efeito, nós respeitamos e fazemo-lo, logo, se eles vêm cá e nós temos outros hábitos, eles só têm é que respeitar. Não gostam? Temos pena. Não venham.
Ó Tretas. Por essa ordem de ideias então também devíamos começar a cortar-lhes as cabeças e a atirá-los do topo dos prédios. Querem mandar um mergulho vestidos? Mandem. Há ou não há liberdade? Somos ou não diferentes e tolerantes? Ou isto da liberdade de expressão só se usa quando nos dá jeito?
Que disparate. Agora as pessoas não podem vestir-se como querem!
E já vi nas nossas praias muita gente mais vestida que essa sra. Há pessoas alérgicas ao sol e têm que estar todas tapadas, mas gostam de praia. Vamos proibir de ir à praia??!!
Sílvia,
Por acaso passava-lhe pela cabeça ir de bikini que fosse a uma praia de nudismo?