A guerra de acionistas travada entre a Pasogal e a TAP ameaça os salário de maio da Groundforce. A empresa de handling tentou anular os acordos com a TAP de sale & leaseback e arrendamento.
A 19 de março, a Groundforce assinou dois contratos: um para a venda do seu equipamento de handling à TAP, por 6,9 milhões de euros, e outro para que a companhia aérea lho alugasse outra vez, por 462 mil euros por mês.
Entretanto, o Conselho de Administração da Groundforce decidiu, esta quarta-feira, avançar com a anulação do acordo com a TAP, alegando que punha em causa a sua sobrevivência e dos 2.400 trabalhadores.
O CEO da Groundforce considerou que aqueles contratos “eram desequilibrados e punham em causa a sobrevivência da Groundforce e o emprego dos seus 2.400 trabalhadores” e, por esse motivo, “foram anulados”, sem especificar o sentido de voto dos vários elementos da administração, onde a TAP está representada.
Desta forma, a empresa conseguiu assegurar os salários de maio, que anteriormente só estavam garantidos até abril. A Groundforce esperava que o mesmo acontecesse aos de junho, nas próximas semanas.
Em reação, o Conselho de Administração da TAP manifestou “a sua surpresa e estupefação com o comunicado emitido pela Groundforce”, sublinhando que “os contratos […] são válidos e eficazes e a decisão de os considerar nulos emitida por uma das partes não tem força legal”.
Alfredo Casimiro considerou que a TAP está a fazer “bullying” sobre a Grounforce e que tinha sido “apanhado num truque”, escreve o Observador.
A empresa está a sofrer pressões dos fornecedores por atrasos nas faturas e não tem condições de pagar os salários de maio, cujo pagamento nem está previsto no plano de tesouraria.
Os vencimentos na Groundforce são processados entre 15 e 20 de cada mês — é esse o limite para se encontrar uma solução definitiva, adianta ainda o Observador.
Fantástico… Boeing 737!