Os guardas prisionais iniciam uma greve com início às 16:00 de hoje até às 08:00 de 11 de junho, uma paralisação que vai prejudicar as visitas dos familiares.
Segundo o presidente do Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional (SNCGP), Jorge Alves, a greve vai inviabilizar uma das duas visitas semanais dos familiares dos detidos.
A greve, adianta o sindicalista, é um protesto contra a falta de avaliação de desempenho, que “há cinco anos aguarda regulamentação”, pela classificação de serviço de 2018 “que devia ter sido conhecida em abril”, pela contagem do tempo de serviço congelado e ainda contra o novo horário de trabalho.
A remuneração dos guardas segundo a tabela aplicada aos agentes da PSP é outra das reivindicações do sindicato, a maior estrutura representativa do setor, com Jorge Alves a garantir que a secretária de Estado da Justiça Helena Mesquita tinha prometido que a questão estaria regulamentada no espaço de três meses.
Esta é a segunda greve dos guardas prisionais este ano. Também no ano passado, em outubro, os guardas prisionais fizeram greve durante três dias.
“Depois destas lutas, caso o Governo se mantenha em silêncio e a tutela [Ministério da Justiça] não retomar as negociações do estatuto profissional da guarda prisional, como se havia comprometido, iremos agendar uma greve e uma vigília em novembro, realizando-se esta durante a noite e frente à residência oficial do Presidente da República”, advertiu na altura o SNCGP, em comunicado.
“É lamentável que não nos deixem outra possibilidade tendo em conta o total silêncio relativamente aos vários pedidos de reunião que este sindicato solicitou junto do gabinete da ministra da Justiça”, criticou o SNCGP.
// Lusa