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Grupo neo-nazi dos EUA está a recrutar membros na Austrália (e quer avançar com uma guerra racial)

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The Base, grupo neo-nazi dos EUA

The Base, um grupo terrorista neo-nazi americano, tem planos para estabelecer um patriarcado branco, e tem estado a recrutar membros na Austrália, entre os quais se incluem jovens e ex-políticos.

A divulgação de várias gravações de áudio e arquivos internos revelam entrevistas com vários candidatos australianos que tentaram ingressar na organização de supremacia branca nos últimos anos – incluindo ex-candidatos políticos e membros conhecidos de grupos neonazistas locais.

Um desses grupos é o The Lads Society, também conhecido por ser extremista, foi fundado por vários ex-membros da Frente Patriota Unida (UPF).

A Sociedade dos Nacionalistas da Austrália Ocidental (SWAN) – dirigida pelo ex-voluntário do Partido Liberal David Donis – é outros dos grupos associados ao recrutamento.

Um membro do SWAN foi nomeado líder australiano do The Base e prometeu ao líder e fundador do grupo dos EUA que usaria a organização, com sede em Perth, como um campo de recrutamento.

Estabelecido nos EUA em meados de 2018, The Base é uma coalizão militarizada de extremistas e ativistas unidos por um ímpeto comum: travar uma guerra racial pró-branco e desencadear o colapso de governos democráticos liberais em todo o mundo.

Conta com mais de 50 membros e opera em campos de treino paramilitares e online, através do uso de aplicações criptografadas.

Em 2020, o grupo foi infiltrado pelo FBI depois de as autoridades detetarem atividades suspeitas. De acordo com fontes de aplicação da lei, a organização está cada vez mais globalizada e é ativa nos Estados Unidos, Canadá, África do Sul e Reino Unido.

Os áudios divulgados, obtidos pelo jornalista de investigação dos Estados Unidos, Jason Wilson, e fornecidos à ABC News e à Fairfax, revelam como o The Base procurou e alvejou recrutas australianos que tinham acesso a armas de fogo, licenças de segurança e treino de combate.

Os dados revelam ainda que entre os candidatos australianos estava um estudante de 17 anos, natural de Camberra, sendo que pelo menos três candidatos expressaram apoio aos massacres nas mesquitas da Nova Zelândia.

O processo de verificação de recrutamento australiano envolveu várias trocas de e-mail, inscrições por escrito e manutenção de registos, durante os quais um candidato recebeu um conjunto de perguntas sobre a sua etnia, aptidão física, trajetória ideológica e experiência em combate. Também foram questionados se tinham lido a obra Mein Kampf.

Segundo o VICE, um dos tópicos dominantes nas conversas nos chats online era “o Boogaloo” – que para o grupo significa uma guerra racial caótica na qual o grupo poderia massacrar “degenerados” e minorias.

Durante as discussões abertas sobre uma guerra racial, o grupo falou sobre conduzir ataques ao estilo paramilitar em vários locais ou sobre executar homens negros, traidores raciais ou jornalistas.

Não está claro se algum dos candidatos ouvidos nas gravações é atualmente membro do The Base, mas os arquivos de áudio enfatizam os avisos da Australian Security Intelligence Organisation (ASIO) de que o extremismo ideológico está a aumentar na Austrália.

Ana Isabel Moura, ZAP //

2 Comments

    • Ui que até vejo ali à esquina filas para ingressar no grupo! Já os fascista da extrema-esquerda podem fazer tudo o que lhes der na telha sem terem à perna agência de espionagem nem censura nas redes sociais! São uns santinhos que quando matam enviam as pessoas para o céu! Tudo por amor claro.

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