Fórmula 1. Grosjean sobreviveu a acidente aparatoso e bem pode agradecer ao “halo”

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(cv)

Romain Grosjean escapou com vida a um acidente que podia ter sido fatal. O piloto francês pode agradecer ao halo, um dispositivo de segurança que foi bastante criticado na altura da sua implementação.

Logo na primeira volta do Grande Prémio do Bahrein, que se disputou este domingo, um aparatoso acidente levou à interrupção da corrida. À saída da curva 3 do circuito de Sakhir, o francês Romain Grosjean despistou-se a 221 km/h, com o seu carro a quebrar o rail de proteção e a partir-se ao meio. De imediato, o veículo entrou em chamas.

O piloto da Haas esteve mais de 30 segundos no meio do fogo, antes de ser retirado pelas equipas médicas. Grosjean sofreu apenas algumas queimaduras ligeiras nas mãos e nos tornozelos.

“Estamos muito gratos por Romain Grosjean ter conseguido sair vivo disto. Não precisávamos de um lembrete da valentia e brilhantismo dos nossos pilotos e equipas médicas, nem dos avanços em segurança no nosso desporto, mas realmente tivemos um hoje”, escreveu a Fórmula 1 nas redes sociais após o incidente.

https://twitter.com/F1/status/1333103417347219457

A Fórmula 1 já assumiu que quer uma “investigação profunda” para tentar perceber o acidente que podia ter consequências trágicas.

“Penso que hoje poderíamos estar diante de uma situação diferente, se não tivéssemos o halo (dispositivo de segurança). E para mim, isso foi o que manteve o rail afastado, quando o carro passou por ele. Mas tenho certeza de que faremos uma investigação profunda para entender o que podemos aprender com isso. Porque ver uma barreira dividida como essa claramente não é o que queremos ver”, disse Ross Brawn, diretor da Fórmula 1.

“É chocante para todos na F1 ver um acidente dessa gravidade. Não estamos acostumados com isso, o fogo também está envolvido. Mas acho que é uma homenagem ao trabalho que a FIA e as equipas têm feito ao longo dos anos. Penso que se nos lembramos da polémica do halo quando foi introduzido. E devo dar crédito ao Jean Todt, por ter insistido”, sublinhou Brawn.

Em 2018, a organização da Fórmula 1 tornou obrigatória a inclusão de um halo em todos os carros. O sistema visa proteger os pilotos de lesões cerebrais e quaisquer impactos na cabeça, ficando localizado à frente do habitáculo do piloto. Na altura, nem todos foram a favor desta mudança.

“Não estou impressionado por nada disto e se me dessem uma serra eu cortava-o. Acho que temos de ter em atenção a segurança do piloto, mas o que implementámos não é esteticamente atraente e precisamos de arranjar uma solução que simplesmente seja melhor”, disse, na altura, o diretor da Mercedes, Toto Wolff.

“Olá a todos, só queria dizer que estou ok. Bem, mais ou menos ok”, começou por dizer Grosjean a partir de uma cama do hospital.

“Eu não era a favor do halo há uns anos, agora acho que é a melhor coisa que trouxeram para a Fórmula 1 e sem ele não estaríamos aqui a falar hoje”, disse ainda o piloto numa mensagem divulgada nas redes sociais.

https://twitter.com/HaasF1Team/status/1333140470604701699

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