Gritos, gafes e uma Bíblia para Pedro Nuno Santos

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António Pedro Santos/Lusa

Pedro Nuno Santos; António Costa

O secretário-geral do Partido Socialista (PS), Pedro Nuno Santos (E), ladeado pelo primeiro-ministro António Costa (D), no final da sua intervenção num comício na Aula Magna

“Respeito por quem discorda de nós”. Pedro Nuno Santos foi interrompido por três vezes no comício do PS desta terça-feira, na Aula Magna.

O início do discurso do secretário-geral socialista, esta terça-feira, no comício de Lisboa, na Aula Magna, foi marcado por alguma tensão.

Num discurso em que voltou a reforçar e a elogiar a estabilidade económica alcançada pelos socialistas nos últimos anos, Pedro Nuno Santos foi interrompido por três vezes por pessoas que protestaram e que logo foram abafadas pelos gritos “PS, PS” dos apoiantes.

Calma, serenidade, só preferia que quem tivesse de falar o fizesse de uma vez”, declarou Pedro Nuno Santos, numa tentativa de desanuviar o ambiente, já depois de a sua intervenção ter sido interrompida, pela terceira vez, nessa ocasião, por um homem.

A primeira interrupção aconteceu nos primeiros segundos do discurso, quando uma mulher tentou chegar perto do líder socialista, na tribuna de oradores, mas foi travada à entrada do palco. A senhora, que tentou irromper pelo palco até chegar ao líder do PS, terá pretendido entregar-lhe uma Bíblia.

“No fim dá-me, ’tá bem?”, dizia Pedro Nuno em resposta à abordagem da senhora. Mas os momentos de maior tensão ainda estavam para chegar.

Pouco depois, foi uma jovem ativista climática que leu em voz alta algo que não se conseguiu ouvir, porque imediatamente a voz da jovem foi abafada pelos gritos “PS, PS” dos apoiantes socialistas.

A seguir, já o discurso de Pedro Nuno Santos ia a meio, alguém da plateia gritou-lhe uma palavra de incentivo fora de tempo e o secretário-geral do PS parou, pensando erradamente que estava perante um novo protesto.

Dessa vez, foi falso alarme. Da plateia, ouviram-se risos, E o secretário-geral do PS comentou: “Pensava que era outra vez. Respeito por quem discorda de nós”.

O primeiro-ministro cessante, António Costa, assistiu a estes incidentes na primeira fila da plateia.

O secretário-geral socialista afirmou ainda que vai descer a Avenida da Liberdade como primeiro-ministro nos 50 anos do 25 de Abril e advertiu que um Governo AD cortará na despesa social se a conjuntura for de aperto.

Governar para a maioria

Também na parte final da sua intervenção, Pedro Nuno Santos acabou por protagonizar uma gafe, quando prometeu que, se formar executivo, estará focado para “governar para a maioria”, quando queria dizer “para todos” os portugueses.

Na sua intervenção, o líder socialista levantou a plateia quando se referiu às comemorações dos 50 anos do 25 de Abril, dizendo que Portugal terá então “um primeiro-ministro que vai descer com orgulho a Avenida da Liberdade”.

“Não podemos perder essa oportunidade. Para isso, temos de ganhar, com a certeza de que vamos governar a ouvir os outros, a respeitar os outros”, declarou.

Nos oito anos em que António Costa foi primeiro-ministro, nos dias 25 de Abril, participou de manhã na sessão solene na Assembleia da República e, pela tarde, abriu a residência de São Bento à população em geral, com um extenso programa cultural.

ZAP // Lusa

1 Comment

  1. Os manicómios continuam de portas abertas.
    Vai daí, os doentes escapam e tentam passar despercebidos no meio de muita gente.
    A cometidos de característicos impulsos, atiram tinta, atiram bíblias, berram…
    Enfim… Novas formas de revelar demência. (só demência, para não irmos mais longe).

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