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Greve dos trabalhadores da distribuição nos dois dias antes do Natal

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Os trabalhadores do setor da grande distribuição vão demonstrar que “a sua dignidade não é um presente de Natal, é um direito”.

O Sindicato dos Trabalhadores do Setor de Serviços (Sitese) anunciou, nesta quarta-feira, uma greve nas empresas de distribuição em 23 e 24 de dezembro, em protesto contra a falta de atualização da tabela salarial, apesar do ano “muito lucrativo”.

“Como é possível que depois de um ano que já se verifica muito lucrativo, a APED [Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição] diga que as empresas do setor recusam negociar a melhoria das condições de trabalho e de vida dos seus trabalhadores? Como é possível que as empresas e os seus representantes queiram manter as injustiças que diariamente se verificam nos locais de trabalho, com as funções acumuladas indevidamente, o desrespeito pela antiguidade, a desorganização de horários, folgas e férias”, sustenta o sindicato em comunicado.

Considerando esta posição das empresas de distribuição uma “atitude quase provocatória” que “obriga os trabalhadores a lutar”, o Sitese diz ter enviado ao Governo e aos parceiros sociais um aviso prévio de greve nas empresas filiadas na APED para os dias 23 e 24 de dezembro.

Nos dias 23 e 24 de dezembro os trabalhadores do setor da grande distribuição vão demonstrar que a sua dignidade não é um presente de Natal, é um direito”, enfatiza.

A agência Lusa contactou a APED, estando a aguardar um comentário por parte da associação.

Segundo o sindicato, o que tem vindo a acontecer é que “as empresas aumentam os salários internamente porque a qualquer momento podem mudar de estratégia, mudar os trabalhadores, mudar a estratégia comercial e ‘começar de novo’, com condições de trabalho ainda piores”.

“Dizem as empresas que acumulam os lucros que não há condições para rever o contrato coletivo de trabalho [CCT]”, acusa, argumentando que o CCT “é um fator de estabilidade, mas é visto, claramente, pelas empresas como um fator concorrencial, preferindo cada uma tratar do ‘problema’ dentro da sua casa”.

O resultado, segundo o Sitese, é que, “dentro do mesmo setor, há diferentes condições de trabalho, diferentes formas de organização dos horários, diferentes salários e diferente conciliação do trabalho com a vida pessoal e familiar“, sendo que “essas diferenças funcionam sempre em prejuízo dos trabalhadores”.

Consequentemente, denuncia, os trabalhadores, “como não têm um contrato coletivo que lhes garanta segurança profissional, estão sujeitos a pressões – e cada vez mais casos de assédio são tornados públicos e relatados aos sindicatos – para assegurarem o seu emprego”.

// Lusa

1 Comment

  1. Xiiiiii…
    Isto não afeta em nada os CTT, que já andam atrasados de todo.
    Após ter recebido uma carta do IEFP atrasada 22 dias, esta semana só chegou atradada 1 dia… tá melhorando aqui em Penalva do Castelo!!!

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