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Greve pára comboios na véspera do feriado

António ML Cabral / Wikimedia

As organizações sindicais do setor ferroviário decidiram manter a greve para dia 30, véspera do feriado de sexta-feira, e afirmam que “a esmagadora maioria” da circulação de comboios será afetada, não havendo serviços mínimos.

“Fomos informados pelo IMT [Instituto da Mobilidade e dos Transportes] de que não há resposta da tutela, não há nenhum elemento novo, e por isso mantemos a decisão de avançar com a greve”, disse à Lusa o dirigente da FECTRANS, José Manuel Oliveira.

A decisão surge depois da reunião de terça-feira das organizações sindicais subscritoras do pré-aviso de greve que serviu, por sua vez, para analisar o resultado do encontro de segunda-feira com a CP.

Em causa está a nova regulamentação para o setor ferroviário, que deverá entrar em vigor em dezembro, e que a Federação dos Sindicatos dos Transportes e Comunicações (FECTRANS) considera que “diminui as condições de segurança no setor ferroviário”.

Segundo o dirigente da FECTRANS, a greve vai afetar “tanto o transporte de passageiros como o de mercadorias” e vai ter um “forte impacto, quer pela adesão, quer pela abrangência”.

José Manuel Oliveira diz que a greve “terá implicações na esmagadora maioria da circulação ferroviária do dia 30 e também nos comboios de longo curso que arrancam no final do dia 29 e que terminam já no dia 30″.

No entanto, em declarações ao Expresso, José Manuel Oliveira admite que a greve pode ainda ser desconvocada, caso o Governo mostre abertura para trabalhar as propostas. “Até à última da hora mantemo-nos disponíveis para encontrar soluções”.

O tribunal arbitral decidiu não marcar serviços mínimos, segundo a decisão publicada no site do Conselho Económico e Social (CES). “Não se afigura adequado, ao abrigo dos critérios constitucionais e legais, a definição de serviços mínimos relativos à circulação das composições de transporte de passageiros, por se tratar de uma greve de curta duração, de um dia apenas”.

A greve foi convocada pelas organizações sindicais de várias empresas do setor ferroviário: CP, IP, Medway, Takargo.

ZAP // Lusa

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