Greve arrancou nesta sexta-feira. Sindicato indica que a paralisação teve “adesão total”.
A meio desta semana, havia funcionários da própria CP que acreditavam que ia ser cancelada – mas não foi.
A greve dos trabalhadores da CP – Comboios de Portugal e da Infraestruturas de Portugal (IP) está a ser notada, nesta sexta-feira.
Diversas associações e sindicatos marcaram paralisações para os dias 23 e 26 de Dezembro.
Exigem um bónus no salário, um prémio financeiro que compense a perda do poder de compra ao longo deste ano.
Querem também a actualização do subsídio de alimentação e o fim da “discriminação entre trabalhadores”.
A CP já tinha avisado que iria haver “perturbações na circulação de comboios, a nível nacional”.
E está realmente a haver perturbações, desde as primeiras horas do dia.
A RTP contabilizou que, perto de Lisboa, em Agualva-Cacém, só dois comboios passaram ao longo de uma hora. No Porto, em Campanhã, em pouco mais de uma hora 10 comboios foram suprimidos e todas as bilheteiras estavam encerradas.
O Sindicato Independente dos Trabalhadores Ferroviários, das Infraestruturas e Afins indica que há “adesão total” à greve. Só há comboios por causa dos serviços mínimos, que estão garantidos.
“A greve, como se pode ver, está com uma adesão total, os trabalhadores estão a cumprir com os serviços mínimos e estão a fazer-se 25% dos comboios. As bilheteiras estão fechadas em todo o país e a palavra que hoje se vê em todo o lado é ‘suprimido’”, declarou o sindicalista António Salvado, em conversa com jornalistas.
“Metemos em cima da mesa várias propostas diferentes com menos impacto para a empresa, mas nada foi aceite. Portanto, estamos neste caminho”, justificou.
Os clientes que já tinham comprado bilhetes para comboios cancelados podem pedir o reembolso total do valor até ao dia 5 de Janeiro.